Os Bichos de Miguel Torga: o retorno ao elo perdido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Alexandre Emidio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Man
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-30042010-115629/
Resumo: Este trabalho procura investigar no livro de contos Bichos (1940), do escritor modernista português Miguel Torga, pseudônimo literário de Adolfo Correia Rocha, a cosmovisão do autor que emerge a temática telúrica (a Natureza) bem como uma série de reflexões acerca da condição humana, a partir das quais traz à tona também uma nova concepção de humanismo. Partimos do princípio de que, nas narrativas, o homem se encontra numa sociedade civilizada, corrompido por valores do seu tempo, distanciado de modo exagerado de sua origem e, para que encontre um sentido para a sua existência, o homem tem de regressar à sua origem (à Natureza, que aparece nos contos dentro de uma perspectiva panteísta). Voltando à origem, por meio do contato com o outro, isto é, com os seres vivos que vivem integrados à natureza, o homem despertará e reaprenderá a usar a sua sensibilidade e passará a harmonizá-la com a razão. Passando, assim, a viver de modo fraterno e equilibrado com todos os seres do universo como forma de suavizar a dureza do trajeto existencial humano, marcado, por exemplo: pela angústia e solidão. Para darmos consistência a este estudo, utilizamos como suporte teórico autores, como Kierkegaard, Sartre e Heidegger; o sociólogo francês Michel Maffesoli; Mikhail Bakhtin; Marc Augé, e outros que contribuem de modo significativo para a análise e discussão do tema.