Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cirrincione, Alessandra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-28062011-154750/
|
Resumo: |
Este trabalho se insere no projeto Atlas das Cidades da Profa. Dra. Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick. A pesquisa visa identificar as motivações dos denominadores dos logradouros públicos do Brás, do Bexiga/Bela Vista e da Barra Funda da proclamação da Primeira República (1889) até 1926. A análise dos topônimos no período indicado comporta inúmeras referências aos anos anteriores a 1889, que ajudam na reconstrução, em retrospectiva, da história do progressivo desenvolvimento de antigas sesmarias, chácaras, sítios e várzeas alagadiças, localizadas em áreas periféricas em relação ao centro histórico antigo, nos quais se desenvolveu a malha viária da área em exame. Da análise do inventário toponímico da República, emerge o novo perfil da identidade do povo brasileiro, desenhado pelos intelectuais republicanos, que atuaram mais como agentes políticos propriamente ditos que como intelectuais mediadores da identidade simbólica da nação. No final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX os imigrantes europeus, pessoas de poucos recursos financeiros, tendiam a fixar-se na capital do Estado de São Paulo, em áreas dotadas de meios de transporte coletivo, próximas a seus locais de trabalho, nas quais o terreno tivesse custos accessíveis. O Brás, o Bexiga/Bela Vista e a Barra Funda, possuindo esses requisitos, atraíram os italianos, que, amalgamados a outros grupos etnolinguísticos, também residentes nestes três bairros, foram co-autores na construção do registro sociolinguístico-cultural da comunidade, processo do qual a toponímia é parte integrante. A participação dos imigrantes italianos foi significativa na composição étnica da população dos três bairros: introduziu traços culturais novos na arquitetura, nos hábitos, na culinária e na língua, mas foi numericamente pouco expressiva nas denominações dos logradouros. A pesquisa baseia-se na conferência de Sapir, Língua e Ambiente. O trabalho é documental e vale-se de documentação cartográfica, de documentos oficiais do acervo do Arquivo Municipal Washington Luiz e de literatura especializada. A metodologia utilizada é o método indutivo/dedutivo de Dick e vale-se dos instrumentos de pesquisa criados por ela, isto é, a ficha de levantamento de dados e as taxionomias toponímicas. O emprego das taxionomias permitiu analisar a distribuição qualitativa dos topônimos no território em apreço e formular as conclusões finais do trabalho. |