Modelos de matriz extracelular de carcinoma mamário canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Campanelli, Thais van den Broek
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-05052023-112923/
Resumo: Os tumores mamários representam grande parte dos diagnósticos em fêmeas caninas, e são considerados a principal causa de óbitos em relação aos pacientes oncológicos em cães. As neoplasias malignas, assim o carcinoma mamário, correspondem mais da metade dos casos, e comumente apresentam alta capacidade de metástase, rápida evolução e crescimento invasivo. A matriz extracelular (MEC) do tecido mamário contempla um microambiente dinâmico de componentes proteicos, cuja sua função vai além de atuar como um arcabouço estrutural, sendo importantes para a regulação de funções celulares, as quais influenciam na progressão e comportamento biológico do câncer. Além disso, a MEC pode servir como uma barreira física que interfere na ação de terapias contra o câncer de mama. Diante disso, este estudo visou identificar alterações nos componentes e estrutura da MEC em diferentes classificações de neoplasias mamárias que acometem a espécie canina, tendo como comparação a glândula mamária sadia. Foram realizadas análises em 10 amostras distintas de tumores de mama e em 1 glândula mamária sadia, e foi adotado o processo de descelularização a fim de visualizar somente a MEC dos tecidos. Realizou-se análises histológicas, marcação com DAPI, microscopia eletrônica de varredura e imuno-histoquímica. Os resultados revelaram maior preservação dos componentes e estrutura da MEC com o uso do detergente Triton X-100 1% no processo de descelularização. Observou-se menor quantidade de fibras colágenas na região intratumoral, podendo ser relacionada com maiores graus histológicos, além de colágenos mais unidos e alinhados nos tumores mamários, comparado a glândula mamária sadia, a qual apresentou fibras mais esparsadas e finas no tecido. A marcação de MMP-9 foi observada em tumores com maiores graus histológicos e foi associada a degradação de colágeno III e elastina na matriz. O processo de descelularização se mostrou valioso para avaliação focada nos componentes da MEC e na sua remodelação na ocorrência de tumores mamários caninos. Sendo assim, as alterações que ocorrem com a MEC, evidenciadas neste estudo, podem fornecer pistas importantes para a pesquisa e desenvolvimento de novas terapias focadas no microambiente tumoral e seus componentes.