Avaliação da resposta inflamatória em carcinomas mamários de gatas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Berselli, Michele
Orientador(a): Fernandes, Cristina Gevehr
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8033
Resumo: Os tumores mamários são o terceiro tipo tumoral mais comum na espécie felina e em sua maioria são carcinomas. Vários parâmetros são considerados importantes indicadores prognósticos para estas neoplasias, para gatas. São considerados bons parâmetros prognósticos o tamanho, grau histológico e invasão linfonodal/linfovascular. Tem sido considerado como potencial fator prognóstico a resposta inflamatória associada ao tumor. As células inflamatórias no microambiente tumoral podem estar envolvidas na promoção ou na supressão do crescimento neoplásico. Estas células podem incluir linfócitos T, macrófagos, células natural killer, linfócitos B e plasmócitos. Ainda não é conhecido o perfil do infiltrado inflamatório associado aos carcinomas mamários de felinos. Portanto, são incluídos nesta tese dois artigos científicos. Realizou-se um levantamento para determinar a prevalência dos neoplasmas mamários felinos, quanto aos seus tipos histológicos e distribuição. Posteriormente foi realizada uma análise do infiltrado inflamatório em neoplasmas mamários de gatas, para determinar a distribuição, os tipos celulares, a média de células inflamatórias e linfocitárias e a intensidade do infiltrado total e linfocitário, comprando-os com parâmetros prognósticos conhecidos. Para a avaliação da distribuição do infiltrado inflamatório, obteve-se os resultados de 66 carcinomas mamários, no qual a distribuição foi predominantemente multifocal em 84,8% dos casos. Houve predomínio de linfócitos na quase totalidade dos neoplasmas (n= 791 ± 659). Foi avaliada a intensidade do infiltrado inflamatório e linfocitário de 33 carcinomas mamários, onde a intensidade foi predominantemente de baixa contagem independentemente do tipo histológico, grau e tamanho. Foi realizada uma análise imunoistoquímica dos linfócitos B e plasmócitos utilizando o marcador CD79a. Foram analisados 28 carcinomas mamários onde obteve-se a média de células imunomarcadas e estas foram categorizadas de acordo com as características do infiltrado, como ausente, difuso e em forma de agregados. O infiltrado de células CD79a foi predominantemente difuso, formando poucos agregados nos carcinomas de modo geral. A média geral das células imunomarcadas foi de 50±70 células. Células CD79a positivas apresentaram diferenças significativas para distribuição (p=0,038), no tamanho (p = 0,045) e invasão linfática (p = 0,039), sugerindo que um maior número de células CD79 pode estar relacionado a um melhor prognostico.