Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fêo, Haline Ballestero [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148684
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Resumo: |
O tumor venéreo transmissível (TVT) é um câncer transmissível, que propaga-se naturalmente entre os cães, pela transferência alogênica de células tumorais, principalmente, durante o coito. Sabe-se que o microambiente tumoral influencia diretamente no comportamento tumoral, além de interagir com o sistema imune do hospedeiro. Face aos escassos estudos relacionados aos eventos celulares envolvidos no microambiente tumoral, o presente estudo teve por objetivo quantificar a expressão de genes relacionados com esse microambiente, tanto em células do TVT in vivo como in vitro, correlacionando-o com a resposta clínica dos animais tratados com vincristina. Para tal, foram incluídos neste estudo 18 cães atendidos no Hospital Veterinário da FMVZ-UNESP, Câmpus de Botucatu, portadores de TVT de ocorrência natural. As amostras tumorais foram coletadas antes do tratamento quimioterápico, cultivadas e submetidas à análise citogenética e quantificação através de RT-qPCR. Observou-se amostras tumorais com reduzido número cromossomos (59) em relação ao cão (78) e o subtipo celular prevalente foi o plasmocitoide, embora células com padrão linfocitoide também tenham sido observadas. Quando comparamos as expressões gênicas, o gene TP53 se mostrou elevado na maioria dos casos, indicando possível alteração nesse gene, enquanto BCL-2, BCL-xL, BAX e RASSF1 apresentaram-se variáveis, dependendo do animal analisado, fato que pode ser devido a alterações genéticas e/ou epigenéticas no TVT, além da possibilidade de uma origem policlonal. Ademais, nessas situações, parece não ter ocorrido a regulação apoptótica esperada desses genes pelo TP53. No caso das citocinas IFN-γ e IL-6, em sua maioria verificou-se baixa expressão. Nesses casos, provavelmente não estava ocorrendo expressão de MHC nas células tumorais e nem ativação de células imunes a fim de eliminar o tumor. Os genes P21 e TGF-β mostraram-se em sua maioria normais. Já VEGF exibiu expressões extremamente elevadas, evidenciando seu papel angiogênico para o crescimento tumoral, enquanto que CXCR4 se mostrou diminuído, possivelmente devido ao baixo potencial metastático que o TVT apresenta. Dessa forma, conclui-se que o microambiente tumoral, assim como o sistema imune do hospedeiro, possui influência no TVT, supostamente alterando a tumorigênese e a resposta clínica do animal relacionada ao tratamento. |