Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Michelle Zampar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-07022022-175337/
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Resumo: |
O câncer infantil expõe a criança a experiências dolorosas durante os procedimentos invasivos utilizados no tratamento. Consequentemente, o uso de estratégias durante os procedimentos invasivos pode contribuir na diminuição de impactos negativos presentes no tratamento. O objetivo deste estudo foi analisar o uso de um jogo sério em efeito da realidade virtual imersiva (RVI) na percepção da dor durante os procedimentos invasivos realizados no tratamento oncológico infantojuvenil. Método: Participaram 50 crianças e adolescentes em tratamento oncológico submetidos a punções venosas periféricas e de cateter em dois momentos independentes [procedimento controle (sem o uso da RVI) e procedimento experimental (com o uso da RVI)], durante o procedimento controle foi realizada a punção venosa periférica ou de cateter e no procedimento experimental a punção venosa periférica ou de cateter foi realizado utilizando óculos 3D com controle Bluetooth, empregando um jogo sério. Os procedimentos controle e experimental foram monitorados para alterações fisiológicas (frequência cardíaca e saturação do oxigênio), e domínios da Escala de Faces, Pernas, Atividade, Choro, Consolabilidade Revisada (FLACC), adaptada somente para atividade de agitação e choro. Cada participante classificou sua dor pela Escala de Faces Revisada (FPS-R) e Escala Analógica Visual (VAS) após a punção venosa periférica ou de cateter. Adicionalmente, os participantes e seus acompanhantes responderam à entrevista semiestruturada previamente validada. O delineamento do estudo foi longitudinal de intervenção comparou os procedimentos controle (sem o uso da RVI) e o experimental (com uso da RVI) para variavéis categoricas no cálculo das diferenças entre as médias de cada procedimento, e seus intervalos de confiança 95%; para análise da concordância calculados pelo coeficiente kappa ponderado, e o valor de p pelo Teste de simetria de Bowker; para correlação de Spearman foram utilizando os softwares SAS 9.4 e o R 4.0.2. As entrevistas foram registradas, transcritas, e categorizadas por dois pesquisadores de maneira independente, e quando discrepâncias levadas a um terceiro pesquisador. Observou-se uma diferença estatisticamente significativa na diminuição da frequência cardíaca com o uso do RVI, associado a menores índices dolorosos na análise qualitativa, assim como para a FPS-R. Foi observado a diminuição da dor também nas atividades corporais e choro. A RVI utilizando-se de um jogo sério foi capaz de reduzir a experiência dolorosa de crianças com câncer durante procedimentos repetitivos e desconfortáveis como as punções venosas e de cateter. |