Desenvolvimento de capacidades em subsidiárias a partir da teoria da dependência de recursos e da visão baseada em capacidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Rafael Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-29052023-161547/
Resumo: No âmbito dos estudos em Negócios Internacionais, há um ímpeto em se considerar as subsidiárias das empresas multinacionais como uma unidade de análise, a fim de aumentar a compreensão não apenas desses atores na maior parte das economias ao redor do mundo, mas também da complexidade da rede interna das próprias corporações. A teoria da dependência de recursos fornece uma base para a compreensão das relações entre matriz e subsidiárias, ao se evidenciar os direitos de decisão da subsidiária. Já a visão baseada em capacidades dinâmicas também tem atraído atenção da pesquisa em gestão de empresas multinacionais, pois essas empresas precisam gerar e modificar suas rotinas operacionais para se adaptar ao ambiente de negócios em mudança. A partir das teorias da dependência de recursos e da visão baseada em capacidades, o desenvolvimento das capacidades operacionais das subsidiárias (capacidades de inovação e capacidades gerenciais) pode ser influenciado pelas estratégias de redução de dependência ou capacidades dinâmicas, denominadas fusão e aquisição e alianças estratégicas. A partir deste contexto, emergiu a seguinte questão de pesquisa: Qual a relação entre capacidades dinâmicas e o desenvolvimento de capacidades operacionais das subsidiárias? A tese defendida é que o poder das subsidiárias em diferentes mercados se manifesta por meio do desenvolvimento de capacidades operacionais (capacidades de inovação e capacidades gerenciais) a partir do desenvolvimento de estratégias de redução da dependência de recursos ou capacidades dinâmicas (fusão e aquisição e alianças estratégicas). O objetivo geral foi analisar a relação entre capacidades dinâmicas (fusão e aquisição e alianças estratégicas) e o desenvolvimento de capacidades operacionais (capacidade de inovação e capacidade gerencial) das subsidiárias. Como procedimentos metodológicos, adotou-se uma abordagem de pesquisa quantitativa com coleta de dados secundários da base de dados Capital IQ e do Índice Global de Inovação, de 509 empresas subsidiárias localizadas em diferentes países. Os resultados, estimados por meio de regressão linear múltipla, demonstraram que tanto fusões e aquisições quanto alianças estratégicas são relevantes para o desenvolvimento de ambas as capacidades operacionais, capacidade de inovação e capacidade gerencial. De modo complementar, as incertezas do ambiente inovação onde as subsidiárias se localizam tem um papel relevante no desenvolvimento das capacidades operacionais, visto que à medida que as incertezas de inovação se elevam há um comprometimento no desenvolvimento da capacidade de inovação. Por outro lado, a capacidade dinâmica alianças estratégicas supera o efeito negativo do ambiente de inovação incerto. Afinal, a interação entre alianças estratégicas e incerteza do ambiente de inovação se apresenta como uma relação positiva e significativa para o desenvolvimento da capacidade de inovação. Este estudo contribui com o chamado da literatura para analisar as configurações de gestão no nível da subsidiária; testar empiricamente os preceitos da teoria da dependência de recursos e da visão baseada em capacidades e analisar os efeitos da incerteza do ambiente de inovação nos processos de desenvolvimento de capacidades. Do ponto de vista gerencial, evidenciou-se a importância de ações proativas perante o ambiente de incerteza, a partir de transações de fusões e aquisições e alianças estratégicas, para o desenvolvimento de capacidades operacionais.