Escravizados e forca: a (im)parcialidade da justiça no século XIX na perspectiva da Linguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Dias, Carla Regiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-13032024-121748/
Resumo: Esta tese tem por objetivos: (i) apresentar uma edição semidiplomática justalinear de três processos criminais ocorridos na cidade de Campinas nos anos de 1845, 1853 e 1858; (ii) apresentar uma proposta de mapeamento das estruturas de impessoalidade presentes nos processos; apresentar como as estruturas de impessoalidade e outras evidências linguísticas encontradas caracterizam ou não a imparcialidade da justiça perante réus escravizados. A leitura e edição dos documentos manuscritos foram balizadas nos conhecimentos das áreas de Filologia e Linguística Histórica. A análise pautou-se no modelo das Tradições Discursivas, com base em Koch; Oesterreicher (1990) e Kabatek (2006). A análise também levou em consideração aspectos linguísticos-discursivos propostos por Simões; Kewitz (2006, 2009) para os corpora do português brasileiro. Ao todo os três processos e suas respectivas sentenças são compostos por 210 fólios recto e verso que tratam de escravizados acusados e julgados por homicídio e levados à forca, sendo rica fonte de dados históricos, socioeconômicos e, sobretudo, linguísticos graças à variedade de enunciados e punhos que compõem esses processos. Esses processos forneceram importantes dados que ajudaram a mapear características importantes e marcantes de textos da esfera jurídica brasileira no século XIX