Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Betfuer, Leonardo Laguna |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-07112019-171552/
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Resumo: |
A Revolução Cubana de janeiro de 1959 promoveu profundas mudanças na política externa dos Estados Unidos para a América Latina. A fim de combater o comunismo, promover a democracia e o desenvolvimento econômico regional, os Estados Unidos lançaram a Aliança para o Progresso, um programa de ajuda econômica que pretendia investir até US$ 20 bilhões no continente em uma década. No entanto, ao contrário da proposta original, estudiosos argumentam que a Aliança teria sido utilizada para interferir na política doméstica latino-americana em favor dos interesses estratégicos de Washington. No caso do Brasil, os recursos da Aliança para o Progresso foram utilizados, entre outras coisas, para apoiar políticos que se opunham ao Presidente João Goulart, na tentativa de desestabilizar seu governo. A região Nordeste do Brasil e o estado de Pernambuco, em particular, foram motivo de atenção especial por parte do governo norte-americano devido às forças políticas que disputavam o poder na região, ao grau de subdesenvolvimento socioeconômico regional, e ao nível de agitação social considerados alarmantes. A presente dissertação de mestrado argumenta que o jornal Diário de Pernambuco utilizou a Aliança para o Progresso para favorecer políticos conservadores do status quo, no caso Cid Sampaio e João Cleofas, ambos da UDN. O jornal também usou a Aliança ativamente para prejudicar candidatos nacionalistas, no caso Miguel Arraes (PST). Argumenta-se também que o jornal usou o programa de ajuda econômica para criticar o Presidente João Goulart, contribuindo para a campanha de desestabilização política que resultou no golpe civil-militar de 1964. |