Tradução do dialeto literário de Burma Jones, da obra \'A Confederacy of Dunces\', de John Toole

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Hanna, Kátia Regina Vighy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-08082007-155011/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo traduzir os diálogos do personagem Burma Jones, do romance A Confederacy of Dunces, de autoria do norte-americano John Kennedy Toole (1937-1969). A caracterização da fala do personagem remete-se ao inglês não-padrão Black English Vernacular (BEV), fato que levanta questões acerca dos dialetos literários e da problemática de sua tradução. A obra de Toole é praticamente desconhecida dos brasileiros, senão por uma tradução restrita aos leitores do Círculo do Livro, feita por Cristina Boselli, na qual a fala de Jones não apresenta nenhum marcador dialetal, apenas registra um nível coloquial. Na introdução do trabalho, no Capítulo I, demonstro a relevância de se manter na tradução uma diferenciação entre os níveis de fala de cada personagem, em especial do negro Jones, ao examinar como o autor empregou a heterogeneidade lingüística a favor da caracterização dos personagens e da posição social que cada um ocupa na sociedade ficcional do livro. Estabelecida essa relação, considero, no Capítulo II, os dialetos literários em sua construção formal e nas implicações representativa, ideológica e humorística que resultam da presença desse recurso na obra literária. Nessa análise, destaco momentos de nossa literatura em que personagens negros receberam tratamento diferenciado nos diálogos, a fim de verificar como tem sido a representação ficcional da fala dos negros na literatura brasileira. No Capítulo III, no que concerne à teoria da tradução, aproveito a questão da tradução dialetal para enfatizar a intervenção \"violenta\" do tradutor na produção de sentido estético, ideológico e político, processo que se repete também na tradução em geral e sustenta-se nas teorias contemporâneas da tradução, em que os conceitos de \"original\" e \"fidelidade\" são questionados. Como conclusão, apresento a tradução comentada dos diálogos mais relevantes de Burma Jones