Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Herculano, Pedro Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-27012021-124230/
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Resumo: |
O crescimento populacional no mundo, junto com o aumento desenfreado dos grandes centros urbanos, com condições precárias de saneamento e infraestrutura, favorecem o desenvolvimento e a proliferação de algumas espécies de mosquitos. O comportamento e fácil adaptação de Ae.aegypti favoreceram sua dispersão pelos mais diferentes tipos de ambientes, sendo encontrado principalmente no intra e peridomicílio, onde há elevada presença humana, abrigos e criadouros potenciais. As fêmeas possuem hábito alimentar diurno, sendo os picos de maior atividade no amanhecer e durante o crepúsculo vespertino. Entretanto, podem picar o homem e outros animais a qualquer hora do dia, pois são muito oportunistas. No Brasil, a grande importância de Ae. aegypti se dá ao fato de ser considerado o principal vetor da febre amarela urbana, dengue, chikungunya e Zika. Já o mosquito Culex quinquefasciatus geralmente está relacionado em áreas de saneamento precário, próximo às zonas periféricas. As fêmeas também são hematófagas e estão associadas aos locais de habitações humanas, onde encontram abrigo, criadouros e fontes de alimentação. Possuem hábitos noturnos e crepusculares e, eventualmente, podem picar durante o dia. A presença deste mosquito na área urbana gera desconforto ao ser humano, causando irritação e diminuição da qualidade de vida, devido ao incômodo causado pelas picadas e perturbação noturna. Além disso, algumas áreas infestadas por Cx. quinquefasciatus são propícias a problemas relacionados com saúde pública, pois esse mosquito é considerado vetor de agentes patogênicos, como a filaríase bancroftiana, causada pelo verme Wuchereria bancrofti. A manutenção de insetos em laboratório, assim como outros animais, possibilita entender melhor sua biologia, dinâmica de populações, desenvolvimento das espécies e melhores condições para confinamento e reprodução. Procedimentos de alimentação, reprodução e acondicionamento de mosquitos são alguns dos principais elementos para o desenvolvimento de colônias em larga escala em laboratório, além das condições ambientais, como temperatura, umidade e fotoperíodo. Formas imaturas de Ae. aegypti e Cx. quinquefasciatus podem ser mantidas para desenvolvimento nos mais variados tipos de recipientes. A manutenção de mosquitos adultos em laboratório é realizada através do confinamento destes insetos em gaiolas teladas, que podem variar de tamanho e material. A fonte alimentar para machos e fêmeas adultas de mosquitos se dá a partir de soluções açucaradas. Para reprodução de mosquitos em laboratório é essencial o fornecimento de alimentação sanguínea para fêmeas adultas, pois somente dessa forma haverá a maturação dos ovos. Alimentadores artificiais vêm sendo desenvolvidos e utilizados constantemente em procedimentos para manutenção de mosquitos em laboratório, sendo alguns mais complexos e outros mais simples. Estes alimentadores, normalmente, são compostos por um ou mais reservatórios sanguíneos, onde é estocado o volume de sangue para alimentação das colônias de insetos. Geralmente, estes reservatórios são cobertos por membranas finas que facilitam a penetração e alimentação dos mosquitos. Nesta revisão, foi observado que a maioria das técnicas para alimentação sanguínea artificial de mosquito, apresentaram bons resultados em relação a taxa de alimentação, fecundidade e sobrevivência dos insetos, sendo assim, uma boa alternativa para manutenção de colônias de Ae.aegypti e Cx.quinquefasciatus em laboratório. |