Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliva, Thiago Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2135/tde-21072022-105741/
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Resumo: |
Com incontáveis recursos e plataformas, a internet abriu novos canais para produção e compartilhamento de conteúdos, o que, em última instância, contribuiu para o desenvolvimento da cultura, do pensamento crítico e do debate livre de ideias algo essencial para a consolidação de regimes democráticos. Apesar dos avanços nesse sentido, o exercício da liberdade de expressão em um espaço criado para ser aberto e livre como a internet traz novos desafios à consecução de outros direitos, com a disseminação de conteúdos que causam danos à honra e à imagem de usuários, atentam contra a sua privacidade, autonomia corporal e a liberdade sexual, atacam grupos vulneráveis, violam direitos autorais ou o direito à informação, apenas para mencionar alguns dos problemas agravados pela rápida e massiva disseminação de conteúdos na rede. Em paralelo às investidas estatais no sentido de regular condutas no ambiente digital, surgem regimes transnacionais privados, construídos e mantidos por grandes empresas do ramo da tecnologia associadas ao desenvolvimento da internet. Guiadas pela noção de liberdade e autonomia, essas entidades privadas atuam sobre a arquitetura do espaço digital, formulam regras de conduta para usuários e colocam em operação procedimentos para a aplicação dessas regras. As escolhas dessas empresas acabam determinando e mantendo padrões de comunicação na internet, o que significa que elas detêm grande poder sobre o exercício da liberdade de expressão do usuário e seu acesso à informação no ambiente digital. Nesse contexto, o presente estudo discute a gênese e a aplicação das políticas de conteúdo das plataformas digitais, buscando identificar os riscos que representam à expressão do usuário e ao acesso à informação na internet à luz das responsabilidades em matéria de direitos humanos dessas empresas, conforme os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU. Ao final, este estudo analisa o papel do direito internacional dos direitos humanos na mitigação de riscos a direitos humanos: (i) como metodologia para tomada de decisões; e (ii) como fonte de normas (a) aptas a orientar a construção, o funcionamento e a atualização dos regimes regulatórios das plataformas, bem como (b) úteis à solução de conflitos entre direitos. |