Formas de bem morrer em São Paulo: transformações nos costumes fúnebres e a construção do cemitério da Consolação (1801-1858)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Matrangolo, Breno Henrique Selmine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-18112013-130205/
Resumo: Este projeto tem como objetivo o estudo das práticas fúnebres paulistanas e sua evolução ao longo do século XIX, período marcado por uma intensa secularização da sociedade. Novas ideias, formas de divertimento e de associação aportavam na cidade e gradativamente modificavam as tradições e costumes dos paulistanos, processo que atingiu igualmente a forma como se lidava com o sagrado e com a morte. Através dos debates acerca da construção de um cemitério público em São Paulo, buscamos entender como se deu a crítica aos costumes tradicionais na cidade, quais eram as forças motoras dessas transformações e quais as resistências impostas pela população. Antes entendidos como um dos pilares da Boa Morte cristã, uma garantia no caminho da salvação das almas, os enterros dentro das igrejas foram questionados durante o século XIX por médicos e legisladores que defendiam serem eles prejudiciais à saúde pública. As mudanças, no entanto, não foram recebidas passivamente pela população. Foram quase 30 anos de debates e tentativas frustradas, e, mesmo com a inauguração do cemitério da Consolação em 1858, as críticas não cessaram.