Fronteiras póstumas: a morte e as distinções sociais no cemitério Santo Antonio em Campo Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Fabio William de lattes
Orientador(a): Marin, Jérri Roberto lattes
Banca de defesa: Cymbalista, Renato lattes, Jesus, Nauk Maria de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1712
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar a mortee as distinções sociais no cemitério Santo Antônio na cidade de Campo Grande – MS. A relação da pólis com a necrópole foi acompanhada desde o final do século XIX até a década de sessenta do século XX. Analisou-se como a elite e a sociedade campo-grandense compreendiam a morte, suas representações e como perpetuavam as divisões sociais estabelecidas em vida. Abordou-se o processo de urbanização e o desenvolvimento que tanto orgulhou a elite local que sempre fez questão de representar Campo Grande como uma cidade diferente das demais de Mato Grosso. Ao mesmo tempo em que requisitava um desenvolvimento e uma civilização comparada à cidade de São Paulo, não possuía nem um cemitério digno, pois o mesmo desrespeitava as legislações do município e da Igreja Católica. Um cemitério que foi mudado de local por duas vezes – para não atrapalhar o crescimento da cidade – com cidadãos que não faziam questão sequer de murá-lo. Em contato com as fontes, observou se uma sociedade marcada pelo laicismo, onde a Igreja Católica, devido à fluidez de sua presença, ocupava uma posição de lateralidade na sociedade. Isto fica mais explícito nos ritos mortuários, na quase inexistência de testamentos e no seu caráter puramente secular.