Calcificações dos ductos deferentes em exames tomográficos e sua correlação com doenças sistêmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Haddad Júnior, William Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-08092022-160124/
Resumo: Objetivos: Descrever a frequência e associações da calcificação dos ductos deferentes (CDD) nos exames de tomografia computadorizada (TC) abdominal. Materiais e Métodos: Revisamos retrospectivamente exames de TC abdominal de pacientes do sexo masculino de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2011. Após exclusões, 1,915 pacientes foram selecionados. Cinco leitores, residentes de radiologia e diagnóstico por imagem, do terceiro e quarto anos, registraram a presença e lateralidade da CDD e também calcificações vasculares, presumidamente devido à aterosclerose. Um sexto leitor analisou dados clínicos destes pacientes para os diagnósticos de diabetes mellitus do tipo 2 (DM) e doenças renal crônica (DRC). Resultados: 1,915 pacientes com idade entre 1 e 90 anos foram analisados retrospectivamente nesse estudo observacional. A média de idade da amostra total foi de 52,9 ± 18,9 anos (1-93 anos). A média de idade dos pacientes com calcificação nos VD foi de 59,3 ± 12,0 (DP) anos e do grupo sem as calcificações foi de 52,9 ± 19,1 anos (p = 0,17). A prevalência de CDD foi 1,61% (31 pacientes); 22 foram bilaterais (70,9%), 7 somente à direita (22,6%) e 3 somente à esquerda (3,3%). A idade média dos pacientes com CDD foi de 59,3 +/- 12,0 anos e a do grupo sem CDD foi de 52,9 +/- 19,1 anos (p = 0,17). A frequência de DM foi de 28,8% (551/1915), de DRC foi de 7,8% (150/1915) e de aterosclerose foi de 60,4% (1156/1915). Destas variáveis (idade, aterosclerose, DM e DRC), em uma análise de regressão univariada, apenas o DM foi associado a CDD (p = 0,006). No entanto, como a idade (p = 0,063) e a aterosclerose (p = 0,057) foram quase significativas, elas foram incluídas na análise multivariada, mostrando que somente o DM foi associado a CDD (odds ratio = 2,14 +/- 0,85). Conclusão: No nosso estudo de coorte, a prevalência da CDD foi de 1,61%. A CDD foi fortemente associada ao DM. As implicações patológicas da CDD permanecem incertas e merecem uma investigação mais aprofundada, através de estudos longitudinais prospectivos.