Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ballalai, Anna Karinne Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-12112024-131210/
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo estudar as relações entre o ator e o cinema moderno no Brasil. Em uma das pontas da equação, temos o ator cinematográfico, um profissional que possui caráter híbrido e mutante, e que constrói sua personagem a partir de um conjunto de relações humanas e de aparatos técnicos e tecnológicos que caracterizam o meio de expressão cinema. Em relação ao cinema moderno, trata-se de um recorte conceitual historicamente determinado, tendo sua gênese, no Brasil, localizada entre os anos 1940-1950 e sua consolidação, ao longo dos anos 1960-1970. Os debates em torno do cinema moderno, de acordo com o recorte aqui proposto, especialmente no que tange à década de 1960, estabeleceram com o ator um diálogo cujo teor e consistência podem ser considerados inaugurais. Mas qual seria exatamente o lugar e a relevância do ator nesse debate? Esta é a pergunta central que move a presente tese. Como estudo de caso, o filme A mulher de todos (1969), segundo longa-metragem de Rogério Sganzerla, configurou-se como um exemplo-síntese, na medida em que, sendo uma das obras mais significativas do cinema moderno brasileiro, é também um verdadeiro acontecimento na trajetória da atriz-protagonista, Helena Ignez. Para dar conta destas questões e do exame do estudo de caso, a tese apresenta a proposta metodológica de uma análise fílmica atoral. Tal proposta traz em seu bojo a hipótese desta pesquisa: a de que o processo de criação do trabalho do ator no cinema é, em si, inacessível, mas pode ser reconstruído quando se aplica, à análise fílmica e ao debate crítico e teórico, a perspectiva histórica. Nesse sentido, além do debate em torno do ator cinematográfico no contexto do cinema moderno brasileiro e da análise fílmica atoral de A mulher de todos, a tese também investiga a recepção crítica deste filme, quando de seu lançamento comercial nos cinemas, indagando como os críticos avaliaram a atuação de Helena Ignez, ocasião em que examinaremos as tensões entre a política dos autores e a poética dos atores, denominações que adotamos como uma forma de explicitar um certo modo hegemônico de entender o cinema. |