As águas subterrâneas no centro-oeste do município de São Paulo: características hidrogeológicas e químicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Parisot, Elisabeth Martine Hillairet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-11092015-115351/
Resumo: As águas subterrâneas da região metropolitana de São Paulo vêm sendo exploradas através de numerosos poços tubulares (cerca de 3200 foram cadastrados em 1974) para abastecimento de indústrias, condomínios, clubes esportivos, hospitais e hotéis. Numa área de estudo de 150 \'km POT.2\' situada a Nordeste do Município, analisamos uma centena de poços localizados em duas zonas, uma de ocupação essencialmente residencial e outra essencialmente industrial. Em relação à geologia identificamos dois aqüíferos, o aqüífero cristalino corresponde ao embasamento pré-cambriano alterado e fraturado, e o aqüífero sedimentar corresponde aos sedimentos argilo-arenosos terciários da bacia sedimentar de São Paulo. quanto a exploração, nos poços que exploram o aqüífero sedimentar, a maior freqüência dee vazões é entre 10 e 20 \'m POT.3\'/h, com rebaixamentos de 20 a 30 m, enquanto nos poços que exploram o aqüífero cristalino as vazões mais freqüentes se situam entre 3 e 5 \'m POT.3\'/h, com rebaixamentos de 60 a 80 m. As análises químicas realizadas permitiram distinguir nitidamente as águas do aqüífero sedimentar e do aqüífero cristalino. A água dos sedimentos apresenta um teor de sólidos totais dissolvidos muito baixo (3 a 45 mg/l) enquanto a água do cristalino é mais mineralizada (80 a 500 mg/l). A mineralização das águas do cristalino é atribuída à alteração dos silicatos, constituintes das rochas do embasamento, sobretudo, no que se refere aos teores de sódio, cálcio, magnésio e bicarbonato. Em geral, as águas subterrâneas apresentam uma qualidade química satisfatória para o consumo humano. Apenas alguns casos de poluição por bário, chumbo e cromo foram evidenciados em amostras coletadas na zona industrial. Levando em conta as características hidrogeológicas dos aqüíferos e a forma de ocupação do solo, definimos no setor estudado zonas de diferentes graus de vulnerabilidade à poluição.