Potencial hidrogeológico da Cidade Universitária de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Iritani, Mara Akie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-31032015-093153/
Resumo: A Cidade Universitária, no oeste do Município de São Paulo, com uma demanda mensal de 240.000 m³ de água, procurou meios alternativos à rede pública de abastecimento, optando pela exploração dos recursos hídricos subterrâneos como fonte complementar. Aproveitando a oportunidade, foi feito este estudo visando caracterizar o potencial hídrico do aquífero sedimentar, composto por areias e conglomerados intercalados por lentes de lamito, pertencentes à Bacia Sedimentar de São Paulo. Para tanto, instalou-se uma rede de poços de monitoração e multiníveis para a observação de comportamento do aquífero, que mostra um fluxo da água subterrânea em sentido ao Rio Pinheiros. Os perfis geológicos dos poços, associados às informações geofísicas, permitiram definir a geometria do aquífero sedimentar que se espessa na porção norte da Cidade Universitária. As maiores espessuras são encontradas numa faixa E-W passando pela Raia Olímpica e a Escola Politécnica. O teste hidrodinâmico realizado no poço produtor PP1 evidenciou um comportamento com tendência ao semi-confinamento, com valores de transmissividade entre \'10 POT.-4\' e \'10 POT.-3\' M²/s e de condutividade hidraulica entre \'10 POT.-6\' e \'10 POT.-4\' M/s. O coeficiente de armazenamento mostrou menores valores a maiores profundidades, variando de\'10 POT.-4\' e \'10 POT.-1. Estes dados permitiram avaliar as reservas permanente e reguladoras que mostraram altos valores. A reserva permanente é da ordem de 11 milhões de m³, enquanto a reserva reguladora ultrapassa os 900 mil m³/ano, volume este duas vezes superior ao volume produzido pelos poços produtores no aquífero sedimentar. Estes resultados evidenciam o potencial produtivo favorável do aquífero na área de estudo, sendo que as análises de água realizadas mostraram-se dentro dos padrões de potabilidade. Entretanto, devido à má qualidade da água do Rio Pinheiros, um estudo mais aprofundado sobre a relação com a água superficial deve ser realizado para evitar a contaminação do aquífero.