Modos de subjetivação na política de acolhimento institucional de crianças e adolescentes: narrativas do viver

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aveiro, Aline Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-13072018-104147/
Resumo: O presente trabalho dedica-se a explorar o funcionamento da medida protetiva de acolhimento institucional para crianças e adolescentes, desvelando as forças presentes nesse campo de trabalho, bem como os efeitos nas vidas sobre as quais age. A partir da compreensão de que tais equipamentos integram a chamada rede de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da política de Assistência Social brasileira e são ancorados no discurso de cuidado e proteção, bem como na lógica da garantia de direitos, busca-se afirmar as potências, os desafios e as contradições presentes nessas instituições. Tais equipamentos carregam traços de uma história em que o trato à criança e ao adolescente é marcado por uma engrenagem precarizada e produtora de vidas adoecidas - vidas permeadas por sofrimento e que, simultaneamente, geram práticas protetivas e de cuidado. As vidas das quais falamos são das crianças e dos adolescentes acolhidos, de seus familiares ou mesmo dos profissionais presentes nos equipamentos em tela. Objetiva-se compreender, a partir do funcionamento dos serviços e das políticas em voga, quais os modos de vida têm sido engendrados nesses equipamentos. A experiência em Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes (Saica) foi disparadora das questões presentes nesta dissertação e permitiu acessar formas de analisar as relações familiares, as práticas cotidianas, as relações institucionais e seus jogos de poder, bem como os elementos presentes no trabalho com família e nas práticas de adoção. Três histórias foram escolhidas para dar a ver essas diferentes questões e fazem parte de uma escrita-narrativa tecida com elementos dessas histórias, discussões teóricas, dados quantitativos e reflexões. Os movimentos e as inflexões nas vidas acolhidas institucionalmente carregam facetas do emaranhado que de fato é um Saica e permitem articular essas vidas às suas condições de existência ressaltando os esforços para que as práticas cotidianas gerem proteção e cuidado