Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Potratz, Felipe da Fonseca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-27072020-152712/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: a doença arterial coronariana (DAC) constitui uma das principais causas de mortalidade no mundo; existem, no entanto, dúvidas e controvérsias a respeito do real papel dos procedimentos de revascularização miocárdica quanto à redução do risco de eventos cardíacos e de mortalidade, sobretudo em populações de alto risco cardiovascular. OBJETIVOS: o presente estudo é uma análise de vida real comparativa entre pacientes portadores de DAC, documentada por cintilografia de perfusão miocárdica (SPECT) positiva para isquemia, que foram submetidos à revascularização miocárdica (percutânea ou cirúrgica - ICP/CRM) ou que permaneceram em tratamento clínico otimizado (TCO), a fim de verificar redução de mortalidade geral, mortalidade por causas cardiovasculares, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou necessidade de nova revascularização miocárdica em uma população de alto risco cardiovascular; além disso, outras variáveis clínicas, epidemiológicas e da SPECT foram avaliadas a fim de verificar se houve alguma que predispôs de forma independente maior risco de eventos. RESULTADOS: o modelo de Cox univariado demonstrou que entre os grupos TCO versus ICP/CRM, não houve diferença significativa para nenhum dos quatro desfechos analisados (novo IAM [P=0,790], nova revascularização [P=0,428], mortalidade [P=0,874] e mortalidade cardiovascular [P=0,270]). Houve uma maior tendência a manter em TCO os pacientes que apresentavam menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FE), antecedentes de DAC, IAM e CRM, que realizaram a prova funcional com dipiridamol, e que apresentaram captação pulmonar do radiofármaco, ao passo que houve maior tendência a indicar a revascularização para pacientes com angina, com maior carga isquêmica, maior carga de isquemia perifibrose e maior queda da FE após esforço em comparação à fase de repouso. Após a realização das análises uni e multivariada, comportaram-se como variáveis preditoras independentes de risco de eventos a presença de sintomas (sobretudo angina), antecedente de IAM, prova funcional positiva para isquemia e dilatação transitória do ventrículo esquerdo após a fase de esforço, em comparação com a de repouso. CONCLUSÃO: o tipo de tratamento realizado (clínico versus revascularização) não apresentou correlação com a incidência de desfechos na amostra estudada. Contudo, a presença de sintomas (angina), antecedente de IAM, prova funcional positiva para isquemia e dilatação transitória do ventrículo esquerdo após a fase de esforço, em comparação com a de repouso, se comportaram como preditores de risco independentes para a ocorrência de desfechos. |