Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luciano de Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25092023-143223/
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Resumo: |
Introdução: A razão de fluxo quantitativo (QFR) demonstrou ser uma ferramenta valiosa para a avaliação da isquemia coronariana específica do vaso e para orientar a intervenção coronária percutânea (ICP). Por outro lado, o significado prognóstico da isquemia coronariana não invasiva tem sido questionado em estudos recentes. Poucos estudos tentaram estabelecer uma relação entre o QFR e exames de perfusão miocárdica não invasivos. Objetivo: Avaliar os fatores relacionados à concordância/discordância do QFR e da cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) regional. Adicionalmente, pretendemos avaliar o impacto prognóstico de diferentes índices relacionados à carga isquêmica e aterosclerótica. Métodos: Avaliamos retrospectivamente pacientes consecutivos submetidos à angiografia coronária invasiva (ACI) eletiva e CPM em um intervalo máximo de 3 meses. Os valores off-line do QFR foram calculados e a porcentagem do defeito de perfusão na CPM foi determinada por paciente e por território vascular. A concordância e discordância entre os valores de QFR e a presença ou ausência de defeitos de perfusão na CPM foram avaliadas. Os territórios vasculares foram considerados concordantes se QFR0,80 e o summed stress score (SSS) 4 ou se QFR>0,80 e SSS<4 na CPM. Por outro lado, territórios vasculares foram considerados discordantes se QFR0,80 e SSS0,80 e SSS4 na CPM. Os pacientes foram classificados em quatro grupos de acordo com a concordância entre os três territórios coronarianos. Além disso, os seguintes índices prognósticos foram avaliados: escore de Leaman, escore de Leaman funcional e defeito de perfusão identificado pela CPM. Resultados: Um total de 670 pacientes e 2.010 territórios coronários foram analisados por QFR e CPM. A média de idade foi de 61,9±10,8 anos e 40,9% eram diabéticos. A concordância entre os dois métodos foi a seguinte: total concordância (n=348, 51,9%), concordância parcial (n=226, 33,8%), concordância inadequada (n=79, 11,8%) e total discordância (n=17, 2,5%). Pela ACI, 35,7% apresentavam-se sem doença arterial coronariana (DAC) significativa. A grande maioria da total concordância ocorreu em pacientes sem DAC/doença uniarterial (83,3%) e em territórios vasculares predominantemente sem defeitos de perfusão na CPM (90,7%). Na análise multivariada, ICP prévia (OR: 2,62, IC 95%: 1,544,42, p<0,01), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (OR: 0,98, IC 95%: 0,970,99, p=0,03) e a presença de DAC biarterial (OR:8,65, IC 95%: 4,0618,40, p<0,01) e triarterial (OR:12,72, IC 95%: 5,6128,90; p<0,01) foram identificados como preditores independentes de concordância inadequada/total discordância entre QFR e CPM. Após 1.400 dias (tempo mediano de seguimento), o escore de Leaman funcional baseado no QFR forneceu a melhor estratificação de risco para eventos maiores (Log-rank p = 0,0056, HR 2,86: 1,43 5,72). O escore de Leaman anatômico e o defeito de perfusão identificado pela CPM não apresentaram diferenças significativas entre os tercis. Conclusões: Nesta comparação vasoespecífica (QFR) versus isquemia regional (CPM), os preditores de discordância foram relacionados a um perfil de alto risco, incluindo doença multiarterial, ICP prévia e FEVE. Nossos achados sugerem que a avaliação funcional baseada no QFR combinada com a avaliação anatômica fornece a melhor estratificação de risco para óbito por todas as causas/infarto agudo do miocárdio. Esses achados sugerem que o QFR e o MPS podem fornecer informações distintas sobre a discriminação prognóstica |