Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Lucas de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-28092021-084729/
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Resumo: |
Dentre os métodos que avaliam a repercussão funcional das lesões obstrutivas coronarianas destaca-se a Cintilografia de Perfusão Miocárdica. Este método possui grande acurácia para detectar isquemia miocárdica, além de ser uma poderosa ferramenta para prever o risco de eventos coronarianos futuros, possibilitando estratificar os pacientes e orientar para uma melhor conduta terapêutica. Atualmente é apropriada para todos os aspectos da detecção e manejo de doença isquêmica do coração, incluindo diagnóstico. Habitualmente executa-se imagem supina e diversos fatores podem interferir na qualidade da imagem, como os artefatos de atenuação e de movimento. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o aumento da acurácia quando se adiciona a imagem em posição prona para realizarmos a avaliação combinada (posição supina e prona) em todos os pacientes (independente de sexo ou características físicas), além de avaliar se a análise combinada melhora a concordância entre os observadores cegos e se beneficia algum subgrupo. Foram selecionados 124 pacientes, 81 do sexo masculino e 43 do sexo feminino, que realizaram o exame no Serviço de Medicina Nuclear do Hospital São Rafael, entre maio de 2015 a dezembro de 2017, que foram submetidos a angiografia (padrão-ouro) num período de 6 meses prévio ou posterior à realização da cintilografia. A coleta de dados foi feita de forma transversal, submetendo os pacientes aos dois tipos de imagem, sendo o grupo teste avaliando de forma conjunta as posições prona e supina e o grupo padrão de referência as imagens em posição supina. A concordância entre avaliadores foi avaliada através do cálculo do coeficiente de concordância kappa de Cohen. A comparação de acurácia entre método de teste e o padrão de referência foi feita através do teste de McNemar. A adoção de imagens combinadas (em posição prona e supina) na avaliação visual não trouxe impacto direto na Acurácia (71,8% vs 67,7%), mas determina aumento na Especificidade e no Valor Preditivo Positivo (75,4% vs 88,5% e 74,1% vs 81,1%), IC95%, P < 0,005), além de melhora relevante nos valores de Razão de Verossimilhança Positiva (2,78 para 4,15). Esses benefícios são identificados inclusive quando avaliamos por regiões de grandes artérias coronárias, população masculina e feminina e em subgrupos, exceto para o subgrupo de pacientes diabéticos. Comparando laudo cego e não-cego, a acuraria foi idêntica (73,4%). Entretanto, a especificidade cego se revelou superior ao laudo não-cego (75,4% vs 67,2%). A concordância entre os observadores melhorou quando avaliamos a imagens combinadas (IC95% 0,4180,929 vs IC95% 0,6580,986, P < 0.001) e no território das três grandes artérias coronárias, se mantendo com Concordância Substantiva ou Quase Perfeita quando avaliamos as imagens combinadas, em especial no território de artéria circunflexa, onde vemos apenas Concordância Quase Perfeita quando utilizamos as duas imagens. Em conclusão, considerando que a adoção de uma imagem em posição prona não traz grande impacto no tempo de exame, não determina custos adicionais e potencializa o método em relação a sua especificidade e concordância entre observadores, a imagem adicional em posição prona pode ser considerada na prática clínica, de forma rotineira |