Os indicadores emocionais de Koppitz no desenho da figura humana de crianças de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Kobayashi, Cristiani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30092015-113843/
Resumo: Por sua praticidade e facilidade na aplicação e avaliação, o Desenho da Figura Humana (DFH) sempre foi muito utilizado por psicólogos de todo país. Em 1968, Koppitz propôs uma escala para avaliação do DFH, conciliando o seu uso como técnica projetiva na investigação da personalidade e como teste de maturidade/inteligência. A falta de dados normativos atualizados para as crianças brasileiras criou uma demanda por pesquisas e estudos de precisão e validade para os testes, inclusive o DFH. Assim, esta pesquisa tem como objetivo estabelecer normas para o DFH segundo os indicadores emocionais (IEs) de Koppitz para as crianças de São Paulo; estabelecer a precisão pelo reteste e a precisão entre juízes; verificar a frequência de cada item em cada faixa etária para saber quantos e quais itens podem ser considerados indicadores emocionais para as crianças da cidade de São Paulo; e verificar se existem diferenças entre as idades, sexo e tipo de escola em relação aos resultados do teste. Fizeram parte desta amostra 1568 crianças entre cinco e 11 anos, sendo 778 do sexo feminino e 790 do sexo masculino, sorteadas de modo a ser representativa de escolares da cidade de São Paulo. Foram realizadas análises de variância para as variáveis idade, sexo e tipo de escola e constatou-se que a quantidade de IEs nos desenhos apresentou variação em função da idade da criança, não havendo interação com o sexo ou tipo de escola. Para o estudo da precisão pelo Reteste foram selecionadas 68 crianças de duas faixas etárias: seis e nove anos. A correlação entre o teste e o reteste mostrou um aumento das médias dos IEs, indicando uma pior qualidade do desenho no reteste. A segunda maneira de verificar a precisão do teste foi pela comparação da avaliação entre juízes. Foram enviados 416 xvi protocolos para avaliação por uma psicóloga clínica experiente. A precisão entre avaliadores, para todos os itens foi significante e alta (maior que 0,782) e do reteste foi menor mais significante (0,581). A análise das frequências percentuais dos IEs por idade e por sexo, estabeleceu quais os IEs válidos por faixa etária, por sexo e pela pontuação total. Na tentativa de estabelecer normas para os IEs, foram avaliadas as frequências totais dos IEs na amostra total e depois na amostra corrigida, de onde foram retirados da pontuação total, os IEs não validados para determinada faixa etária. Os resultados indicaram que 77,3% da amostra tinha um total de pontos de zero ou 1, os demais 22,7% totalizaram entre 2 e 7 pontos, confirmando assim, o que foi postulado por Koppitz: que a presença de dois ou mais IEs no DFH é altamente sugestivo de problemas emocionais e relacionamentos interpessoais insatisfatórios. Os resultados desta pesquisa confirmam a validade dos IEs para avaliação emocional da criança, porém ressalta a necessidade de se estabelecer critérios mais claros para pontuação ou não do indicador