O desenho da figura humana e o desenho da pessoa doente na avaliação psicológica de crianças hospitalizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Freitas, Paulo Gonçalves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-09062008-161059/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo a avaliação psicológica de crianças hospitalizadas por meio do Desenho da Figura Humana (DFH) e do Desenho da Pessoa Doente (DPD) usando os Indicadores Emocionais e Indicadores Maturacionais de Koppitz (1973) e o levantamento de elementos complementares relativos à doença e à hospitalização. A amostra foi composta por 120 crianças de ambos os sexos, com faixa etária de 7 a 11 anos, divididas em dois grupos, um grupo de crianças hospitalizadas e outro de escolares. Os resultados indicaram que os dois desenhos das crianças hospitalizadas apresentaram um número maior de Indicadores Emocionais do que as escolares e menor média nos Indicadores Maturacionais, mostrando um maior comprometimento no primeiro grupo. Os Indicadores Emocionais com diferenças significantes no DFH foram figura pequena e pernas fechadas, mais freqüentes nas crianças hospitalizadas. Quanto aos Indicadores Maturacionais foram observadas diferenças significantes entre os dois grupos, a favor do grupo de escolares, tanto no DFH como no DPD. Nos dois grupos e também na amostra total, o DFH apresentou uma produção mais elaborada, em comparação com o DPD. No DPD os Indicadores Emocionais com maior freqüência do que no DFH foram integração pobre, sombreamento no rosto, sombreamento no corpo/membros, sombreamento no rosto/pescoço, figura pequena, mãos cortadas e omissão de pescoço. No DPD das crianças hospitalizadas ficou evidente a presença dos elementos complementares caracterizando doenças mais graves em relação ao DPD dos escolares, com mais representação do ambiente hospitalar, de objetos de procedimentos hospitalares, restrição de atividade, figura debilitada, expressão de tristeza e expressão de choro/dor. Pode-se concluir que o uso do DPD como instrumento de avaliação psicológica de crianças hospitalizadas permite emergir maior quantidade de indicadores de perturbação emocional em comparação ao DFH. Portanto, pode-se considerar que o DPD mostra-se como uma técnica eficaz para a avaliação de crianças hospitalizadas.