Teste Goodenough-Harris e indicadores maturacionais de Koppitz para o desenho da figura humana: estudo normativo para crianças de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rosa, Helena Rinaldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-01102006-162329/
Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi estabelecer normas para o Desenho da Figura Humana, especificamente para o Desenho do Homem, avaliado pelo Teste Goodenough-Harris (1963) e pelos Indicadores Maturacionais de Koppitz (1973), bem como obter dados relativos à precisão e à validade. A amostra foi composta por 1540 crianças, de 5 a 11,5 anos, de ambos os sexos, sorteadas de modo a ser representativa de escolares da cidade de São Paulo. Foram controladas as variáveis: idade, sexo e tipo de escola que a criança freqüenta, este último como indicativo do nível socioeconômico. As crianças foram avaliadas individualmente, tendo sido solicitado o Desenho de um Homem e depois aplicado o Teste R-2. Foram realizadas análises de variância, considerando como variáveis a idade, o sexo e o tipo de escola. Foi constatado que as faixas etárias com amplitude de seis meses não discriminavam os grupos. Outra análise com faixas com amplitude um ano se mostrou satisfatória e as médias de pontos mostraram crescimento progressivo com a idade pelos dois sistemas de avaliação. Para a avaliação Goodenough-Harris, foram obtidas diferenças significantes entre os sexos apenas na Educação Infantil e não houve diferenças entre os tipos de escola, mostrando que o desenho pode estar associado em maior grau a fatores maturacionais do que a ambientais. As normas em percentis são apresentadas por idade, com amplitude de um ano e separadas por sexo apenas aos 5 e 6 anos. O mesmo ocorreu na avaliação Koppitz, e as normas estabelecidas por idade e separadas por sexo apenas para 5, 6 e 7 anos. As correlações entre os pontos do Desenho do Homem nas duas avaliações e o teste R-2 foram significantes, sendo para a amostra total de 0,575 (Koppitz) e 0,606 (Goodenough-Harris). A correlação entre as duas avaliações do desenho foi de 0,899 para a amostra total, que é significante e alta. Os coeficientes de precisão pelo reteste foram satisfatórios, sendo de 0,808 na avaliação Goodenough-Harris e 0,708 na Koppitz, para a amostra total. A precisão pelo Método das Metades para a amostra total foi de 0,923 e 0,857, respectivamente. Foram obtidas as freqüências de cada item, por idade e para a amostra total nas duas avaliações, e calculadas as correlações ponto-bisserial dos itens por idade e amostra total. Os resultados foram comparados com os de Harris (1963), Alves (1979), Koppitz (1973), Hutz e Antoniazzi (1995) e Sarti (1999). Concluiu-se que os dois sistemas de pontuação do Desenho do Homem são adequados para avaliação cognitiva das crianças escolares da cidade de São Paulo, podendo ser empregados na triagem e avaliação psicológica infantil.