Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sáes, Stela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-13022017-140542/
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Resumo: |
No exercício de comparativismo literário entre as obras Things fall apart, do escritor nigeriano Chinua Achebe (1958), e Terra morta, do angolano Castro Soromenho (1949), é possível estabelecer aproximações e distanciamentos que dialogam entre si e podem trazer reflexões relevantes para o estudo das literaturas africanas. Enquanto a primeira oferece uma visão inédita a respeito do funcionamento interno da sociedade Ibo na Nigéria diante da situação colonial, a segunda transparece as frágeis relações dos colonos portugueses nas instituições políticas, econômicas e sociais do império na região da Lunda em Angola. Já por esse aspecto, os romances convergem para um panorama em comum ao apresentarem tanto o colonizado em Things fall apart quanto o colonizador em Terra morta de maneira distante dos estereótipos retratados pelas figuras coloniais, justamente por problematizarem questões internas e clivagens sociais e históricas. Assim, ao evidenciaram as fraturas internas, contribuem com a crítica sobre o sistema colonial ao mesmo tempo em que ajudam a construir outras visões históricas sobre o tema. Desse modo, as duas obras distanciam-se abertamente quanto aos contextos coloniais, que exigem, diante de uma leitura comparativa, um arcabouço teórico-crítico múltiplo que abarque as diferenças existentes nas dinâmicas coloniais e em seus contextos africanos específicos. O fato de os dois romances trazerem à cena regiões específicas na Nigéria habitada pelo povo Ibo e em Angola determinada como o espaço Lunda - e apresentarem uma multiplicidade de questões étnicas, raciais, sociais e identitárias, acaba distanciando os dois livros em perspectiva comparatista. Em termos aproximativos, no entanto, a problematização dos espaços e personagens retratados nas narrativas e a figura do narrador que assume posições políticas que se aproximam da categoria do autor implícito (BOOTH, 1983), permitem também uma leitura analítico-comparativa entre os romances. Se, por um lado, os contextos sociais e históricos distanciam os escritores e seus produtos literários; os romances se aproximam não apenas pelas categorias narrativas de personagens e espaço, mas também pela posição político-ideológica assumida por seus narradores. A consciência histórica e o compromisso político diante dos fatos narrados estão presentes na representação literária como uma tentativa de entender o funcionamento e apresentar uma crítica aos diferentes processos coloniais. |