WE HAVE FALLEN APART: o legado colonial em Purple Hibiscus de Chimamanda Adichie e Things Fall Apart de Chinua Achebe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ventura, Priscilla de Carvalho Maia lattes
Orientador(a): Daibert, Bárbara Inês Ribeiro Simões lattes
Banca de defesa: Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes, Nogueira, Vanessa Cianconi Vianna lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7879
Resumo: A presente dissertação propõe o estudo das consequências da dominação colonial britânica sobre a República Federal da Nigéria no que concerne à religião, educação, língua, raça e gênero, tendo como objetos de análise Things Fall Apart (1958) de Chinua Achebe e Purple Hibiscus (2003) de Chimamanda Ngozi Adichie. A maneira de ler e produzir literatura vem se metamorfoseando ao longo dos séculos XX e XXI, abrindo espaço para que despontem as literaturas pós-coloniais, isto é, obras que possuem como atributo comum o fato de emergirem da experiência da colonização. Impulsionada por este contexto, a produção literária africana vem conquistando espaço e notoriedade no cenário mundial. Este trabalho busca relacionar literatura e situação sócio-política, trazendo para o debate vozes historicamente silenciadas e abrindo possibilidades de resistência às perspectivas impostas pelo olhar do colonizador, através da investigação da literatura nigeriana. Embora o período de dominação britânica sobre a Nigéria tenha chegado ao fim, as consequências de tal política ainda se fazem presentes no cotidiano daquele povo, seja na religião tradicional brutalmente substituída pelo cristianismo, nos idiomas autóctones que perdem lugar para a língua inglesa, no sistema de aprendizado estrangeiro que toma o lugar do ensino familiar ou na valorização da pele branca e do sistema patriarcal de poder. Tendo destacado papel no estabelecimento da estrutura colonial, busca-se aqui converter a literatura em instrumento de libertação.