Caracterização fenotípica e funcional de linfócitos T em camundongos diabéticos induzidos por aloxana e estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Queiroz, Luiz Adriano Damasceno de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ALX
DM1
STZ
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9142/tde-05072021-171431/
Resumo: A aloxana (ALX) e a estreptozotocina (STZ) são os agentes diabetogênicos mais utilizados na indução do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) em animais, com vários estudos associando seu uso a efeitos tóxicos na resposta imune. O presente estudo tem como objetivo comparar o fenótipo e a funcionalidade dos linfócitos T em tecidos linfoides e não linfoides de camundongos C57BL/6J normais e diabéticos. Os animais diabéticos (inoculados com ALX ou STZ) e controles não diabéticos (CT) os seguintes parâmetros avaliados: (a) contagem total e diferencial de células da medula óssea e sangue periférico; (b) caracterização da composição de linfócitos em timo, baço e pâncreas, com marcadores de superfície (CD11b, CD3, CD4, CD8, CD19 e CD25); (c) determinação das citocinas fator de necrose tumoral (TNF)-α, interferon (IFN)-γ, interleucina (IL)-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL12p70 e IL-17 no homogenato de baço e pâncreas; (d) análise morfológica de timo, baço e pâncreas; (e) ativação da resposta adaptativa e produção de imunoglobulinas (IgG)1 e IgG2a em animais imunizados e desafiados com ovalbumina; (f) ativação dos linfócitos T do baço estimulados com concanavalina (ConA). Em relação ao grupo CT, o grupo STZ exibiu aumento nos neutrófilos e redução nos linfócitos na medula óssea. Tanto o grupo ALX quanto o STZ mostraram diminuição nos leucócitos, e aumento nos granulócitos no sangue total. O grupo STZ apresentou diminuição nos linfócitos, T CD4-CD8+ e CD4+CD8+ no timo e linfócitos CD19+ no pâncreas e no baço. O grupo ALX apresentou aumento do número de linfócitos CD4-CD8+, CD4+CD25+ e CD19+ no timo. As citocinas IL-1β do baço e IL-6 do pâncreas, do grupo STZ, diminuíram em comparação ao grupo CT. O timo apresentou atrofia da região medular, nos grupos ALX e STZ, com diminuição nas células reticuloepiteliais; morte celular de linfócitos/timócitos; e aumento nos corpúsculos Hassall, no grupo ALX. O pâncreas de ambos os grupos exibiu atrofia das ilhotas de Langerhans e infiltração inflamatória e hiperemia com dilatação vascular. A ativação in vitro de linfócitos do grupo STZ foi comprometida. As análises in vivo do teste de hipersensibilidade mostraram resposta mais intensa no grupo STZ, com produção semelhante de anticorpos IgG1 e IgG2a nos grupos diabéticos e controle. Embora ambos os agentes diabetogênicos ALX e STZ tenham afetado os órgãos linfoides e suas populações celulares, o impacto disso só se refletiu em alterações no comportamento da resposta imune in vivo e in vitro de animais tratados com STZ.