Arquitetura, cidade e território das secas: ações da IFOCS no semiárido do Brasil (1919-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Queiroz, Marcus Vinicius Dantas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-05062020-141847/
Resumo: Estuda a produção espacial da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) no semiárido do Brasil no período 1919-1945, mais especificamente nas escalas do território, da cidade e da arquitetura e pela ótica da Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo. Levanta a hipótese de que o órgão estatal formulou um projeto de modernização para os sertões nordestinos centrado na transformação de seus espaços físicos, através de pensamentos, planejamentos e ações sistêmicos e integrados entre infraestruturas hídricas e viárias, núcleos rurais e urbanos e edifícios. A partir da suspeita, investiga: 1) o papel do Estado na concepção e efetivação de políticas de desenvolvimento para a região, 2) os contextos, ideias, profissionais e demais agentes envolvidos com a empreitada, bem como suas inserções e circulações em cenários nacionais e internacionais, 3) as leituras, diagnósticos e propostas elaborados pelos técnicos da repartição, 4) as infraestruturas territoriais, das grandes redes hídricas e viárias aos objetos individuais (barragens, pontes, torres de tomada dágua), assim como seus impactos nas práticas e logísticas construtivas da caatinga, 5) os assentamentos populacionais imaginados e/ou construídos pela inspetoria, dos acampamentos de obra às colônias cooperativistas, 6) os edifícios produzidos pela instituição, em suas formas, programas, técnicas e concepções estéticas. Para tanto, reúne amplo acervo de documentação primária, composto por relatórios técnicos, boletins informativos, fotografias, desenhos, projetos, mapas, publicações técnicas, legislações, dados estatísticos, discursos de governo, jornais, revistas, livros e uma série de outros materiais. Em paralelo, cruza as informações com bibliografias de diversas áreas sobre o tema, como literatura, história, engenharia, geografia, sociologia, economia. Como resultado, observa que a IFOCS foi responsável por modernizações nas várias escalas espaciais analisadas, em seus processos e produtos. Verifica que, em meio a intenções, planos e realizações, houve a busca pela articulação entre grandes barragens, estradas, assentamentos populacionais e arquiteturas. Nota que as ações da inspetoria se referenciavam em iniciativas similares de outros países, tocadas por agências governamentais congêneres. Por fim, lança reflexão sobre o passado e o futuro do órgão, hoje denominado DNOCS.