Evolução e determinantes da produtividade total dos fatores da agropecuária do semiárido brasileiro entre os anos censitários de 2006 e 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Maria Josiell Nascimento da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-04042024-100245/
Resumo: A produtividade da agropecuária é um tema de destaque no debate sobre o aumento populacional e a crescente demanda por alimentos, devido à sua importância para o crescimento do setor. Além disso, as mudanças climáticas tornam essa discussão ainda mais latente, em decorrência da sensibilidade da produção agrícola a variações no clima. O Brasil, por sua relevância no mercado global de produtos agropecuários, tem sido foco de diversos estudos que focam nesse tema, que também verificaram as expressivas taxas de crescimento da produtividade do segmento. Entretanto, esses bons resultados são concentrados em algumas regiões, expressando uma heterogeneidade no desempenho da agropecuária nacional. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar com maior profundidade a produtividade da agropecuária do Semiárido, uma região que congrega atraso em relação ao desenvolvimento econômico nacional combinado com características físico-climáticas mais desafiadoras para a produção agropecuária, o que torna sua população mais vulnerável as mudanças climáticas. Para isso, estimou-se uma fronteira estocástica de produção, para utilizar seus parâmetros para calcular e decompor um índice de produtividade total dos fatores, tendo como principal fonte de dados os Censos Agropecuários de 2006 e 2017. Os resultados mostraram que a região estudada teve desempenho negativo da produtividade no período considerado, com isso sendo reportado para quase todos os estados que fazem parte do Semiárido, com exceção do estado de Sergipe. Esse desempenho da produtividade no Semiárido foi influenciado, sobretudo, pelo componente ambiental, que refletiu os efeitos da seca registrada entre 2012 e 2017. Outro componente que exerce bastante influência no comportamento das taxas de crescimento da produtividade é a eficiência técnica, que foi o fator determinante das taxas exibidas pelos municípios que registraram os maiores aumentos desse indicador. Com isso, os resultados deste trabalho sugerem que, para tornar essa região mais produtiva, é necessária uma combinação de ações do poder público e de agentes privados que resultem em gestão mais eficiente dos estabelecimentos, e de estratégias que ampliem a resiliência dos produtores da região às intempéries climáticas.