Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Tomasi, Manueli |
Orientador(a): |
Veronese, Marília Veríssimo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9574
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo geral compreender o cotidiano de pessoas em situação de rua em Caxias do Sul - RS e seus modos de (re)existir. Para tal, utilizou se o referencial teórico das afetividades na dialética da exclusão-inclusão, cujas reflexões auxiliam na compreensão do sofrimento ético-político decorrente das afetações causadas pelas condições sociais (SAWAIA, 2003). O intuito foi conhecer as vivências singulares dos sujeitos acerca da exclusão e das políticas de inclusão, isto é, as emoções e os sentimentos que afetam o corpo e a subjetividade. Os procedimentos utilizados na construção do corpus foram: diálogos com pessoas em situação de rua, com uso do registro em diário de campo organizado; uma roda de conversação com cinco pessoas em situação de rua e profissionais presentes no dia da coleta. Para compreender afetivamente como são sentidas as relações com as políticas públicas e organizações da sociedade civil, também foram realizadas entrevistas individuais com profissionais inseridos em ONGS e em Políticas Públicas no contexto. As informações coletadas foram analisadas na perspectiva da análise temática, baseada na análise de conteúdo (BARDIN, 2008). Como resultados, a pesquisa evidenciou uma diversidade de modos de vidas e de resistências da população em situação de rua na cidade de Caxias do Sul/RS. Os/as interlocutores/as expressaram seus próprios significados e sentidos para a urbanidade, demonstrando a importância de olhar para a população em sua singularidade e integridade, escutar seus desejos, emoções e suas próprias estratégias de vida. Destaca-se que a população de rua vivencia o sofrimento ético-político, por meio dos maus encontros experimentados na rua, sob a forma de humilhações, discriminação, rebaixamento, violações de direitos humanos, às percepções negativas das políticas públicas, e, principalmente, a culpa que recai sobre o indivíduo, por estar em situação de rua. Em contrapartida, a rua se mostrou um espaço que reflete a multiplicidade do mundo e das formas de re-existências, ainda que assujeitadas às condições de vulnerabilidade. Os laços sociais construídos e algumas oficinas artísticas, permitiram identificar o quanto as relações podem se transformar em redes potencializadoras, promotoras de alegria e de liberdade de expressão. Salienta-se a importância da categoria afetividade, como um caminho capaz de gerar modos de enfrentamento e resistência nas situações adversas, e como fenômeno ético-político que deve ser estimulado dentro dos serviços socioassistenciais. |