Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Arrunátegui, Gisele Aparecida Dias Franco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-19022020-124307/
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Resumo: |
Nos últimos anos tem-se observado contínuo aumento do contingente de pessoas em situação de rua, especialmente em grandes cidades como São Paulo. Na literatura disponível sobre o tema não se ressalta, no entanto, a particularidade do grupo feminino vivendo nas ruas, como um segmento peculiar com necessidades específicas, além das enumeradas pelo discurso médico predominante na área da saúde. O presente trabalho tem como objetivos: compreender a experiência de a mulher morar na rua pelo olhar das mesmas, assim como pelos olhares do Outro Próximo - homens em situação de rua - e do Outro Distante - constituído por um grupo diversificado de não moradores de rua; identificar questões de gênero emergentes nas falas dos entrevistados sobre mulheres em situação de rua cruzando os diferentes olhares sobre as mesmas. A investigação empírica, de natureza qualitativa, apoiou-se em entrevistas em profundidade, a partir de roteiros temáticos específicos para cada um dos três grupos considerados: Grupo 1 - Mulheres em situação de rua; Grupo 2 - O Outro Próximo: homens moradores de rua e Grupo 3 - O Outro Distante: homens e mulheres não moradores de rua. AS narrativas foram interpretadas como discursos significativos, à luz de teorias das ciências sociais, contemplada a abordagem de gênero. Ao se cruzar os olhares dos três grupos, tais discursos revelam um modo de vida caracterizado pela diversidade de sujeitos e especificidades em que o \"Nós\" e os \"Outros\" ora se contrapõem, ora se aproximam, em uma dinâmica própria. O mundo da rua apresenta-se como um mundo de regras predominantemente masculinas, em que relações de poder se instauram em diferentes níveis nas relações sociais entre homens e mulheres, dentre elas as de gênero, que conservam, de maneira acentuada, resquícios da ordem patriarcal ainda presentes na realidade brasileira. |