Jogos indie brasileiros e suas dimensões políticas na perspectiva da tecnocultura audiovisual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mello, Leonardo Andrada de
Orientador(a): Fischer, Gustavo Daudt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13135
Resumo: Essa tese discute os jogos digitais indies e independentes produzidos no Brasil em suas dimensões políticas, sob a perspectiva da tecnocultura audiovisual. A partir de reflexões sobre o que é ser indie ou independente, procuramos por qualidades que duram no tempo e se atualizam nesses objetos-jogo, propondo entender esses objetos a partir de marcadores de indiecidade. Partimos de um pressuposto epistemológico benjaminiano para compreender esses objetos a partir da técnica. Além dos conceitos de Benjamin, nosso referencial teórico-metodológico se apoia nos conceitos de Bergson de duração e memória, assim como na arqueologia das mídias a partir de Parikka e Huhtamo. O objetivo principal da pesquisa é distinguir marcadores do que chamamos de indiecidade nesses jogos, em sua dimensão política, enquanto mídias implicadas em uma tecnocultura audiovisual cujas durações alimentam um imaginário sobre independência. Ainda, especificamente: pensar os jogos independentes em devir como implicados em um imaginário tecnocultural que se manifesta de diversas maneiras e em imagens dialéticas produzidas em toda sua história, em um contexto social, enquanto artefato cultural audiovisual; problematizar questões relativas à independência nas mídias, a partir das relações entre essas produções, a indústria de jogos e os imaginários acerca da independência, e como esses conceitos se atualizam nos jogos indie brasileiros; propor uma metodologia para pensar a produção de jogos a partir de uma relação de produção, consumo e subversão. Assim estabelecemos uma metodologia que parte da escavação desses objetos-jogo para, a seguir, produzir imagens dialéticas em constelações de objetos distantes no tempo e no espaço. Essas constelações versam acerca da história dos jogos, de sua constituição enquanto artefato cultural, social e tecnoludopolítico. Essa perspectiva propõe pensar o jogo a partir de questões de raça e gênero. Analisamos diversos jogos produzidos no Brasil, em especial os jogos independentes Bem Feito e Telethugs. Por fim, buscamos definir os conceitos de indie e independente, propondo marcadores de indiecidade a partir de qualidades que duram no tempo. Essas qualidades dizem respeito à apropriação do aparato tecnológico nas instâncias de produção e publicação, à utilização de meios estéticos para reescrever a história dos jogos, e a formas de refração ou reprodução de discursos hegemônicos.