Mediação pedagógica no acolhimento institucional e as práticas socioeducativas com crianças e adolescentes nas relações de conflitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Fernanda Carvalho
Orientador(a): Adams, Telmo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4166
Resumo: Esta pesquisa visa problematizar e compreender as relações entre todos os envolvidos com as crianças de uma Casa Abrigo Institucional – CAI. Busca-se analisar as possibilidades e limites do processo educativo na atuação dos cuidadores e cuidadoras das crianças e adolescentes, sobretudo, nas relações de conflitos nesse espaço institucional. A metodologia trabalhada embasa-se na Pesquisa Participante/ Pesquisa-Ação e nos círculos de cultura de Paulo Freire (BRANDÃO & STRECK, 2006; FREIRE, 1978, 1980; THIOLLENT, 2011). O suporte teórico ancora-se em Milton Santos, Paulo Freire, Irma e Irene Rizzini, destacando a compreensão do espaço institucional na relação dialética com o espaço social mais amplo. Neste sentido, a confluência de manifestações de conflitos na CAI é parte da complexa trama de relações contraditórias da sociedade. Concluiu-se que há um conhecimento limitado das políticas públicas voltadas a essas crianças por parte dos profissionais que trabalham na CAI. Além disso, as atividades de caráter socioeducativo tendem a reproduzir ações assistenciais pontuais: respostas imediatistas e de curto prazo, sem eficácia duradoura. Percebeu-se também que as relações de convivência entre os sujeitos da CAI aprofundam ainda mais os conflitos quando assumem posturas não dialógicas. O adulto é tido como aquele que manda, que ordena, que defende seu poder na relação com o outro, e que vai entender a contrariedade como um confronto a sua autoridade. Com base na análise, puderamse perceber fatores que desencadeiam práticas contraditórias que propõem uma educação para a autonomia, mas que, em muitos casos, são geradoras de silenciamentos. Ficou evidenciado que as relações de silenciamento estão intimamente ligadas às de conflito. Uma possível, viável e efetiva alternativa para romper com esse ciclo poderia ser a formação continuada com todos os sujeitos trabalhadores da CAI.