Entre muros invisíveis: as sociabilidades de jovens na experiência do acolhimento institucional em Sapucaia do Sul-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pacheco, Patrícia Brum
Orientador(a): Castro, Carlos Alfredo Gadea
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7287
Resumo: Esta dissertação é resultado de uma pesquisa sobre as formas de sociabilidades dos jovens na experiência do acolhimento institucional em Sapucaia do Sul, buscando compreender os benefícios oriundos da ampliação dos círculos sociais. Portanto, o conceito de sociabilidades a partir da obra de Georg Simmel é central na análise sociológica, compreendendo que sociabilidade e identidades são processos relacionais. A metodologia empregada é baseada na etnografia a partir do interacionismo simbólico, que buscou pela observação participante, entrevistas e levantamento documental os conteúdos para análise das significações atribuídas pelos jovens acolhidos sobre suas interações sociais dentro e fora do Abrigo. Assim, a pesquisa de campo foi fundamental para desvelar os conceitos estruturantes das formas de sociabilidades, sendo o conflito e a violência a principal linguagem adotada pelos jovens, consequência do estigma social e do não reconhecimento como conteúdo que permeia as interações sociais. Considerando a relevância do contexto desta pesquisa, o Abrigo, ficou constatado os dualismos do serviço de acolhimento institucional. Portanto, as sociabilidades conflitivas são cerceadas no entre espaços que o Abrigo ocupa na vida dos jovens acolhidos, onde novas formas de interações sociais são bloqueadas, metaforicamente, por muros visíveis e invisíveis. Os muros visíveis isolam os jovens do mundo da rua, enquanto os muros invisíveis restringem a formação de redes sociais por meio da ampliação dos círculos sociais, ou seja, das redes sociais reais e virtuais, imprescindível para a ressignificação das experiências de conflito e violência que estruturam suas formas de sociabilidades.