Coletivos culturais e sociabilidades juvenis: um olhar sobre Indaiatuba - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Doi, Doroth de Assis Schimidt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-20072023-120406/
Resumo: Um grande conjunto de referências importantes no estudo das juventudes aponta que espaços de sociabilidade e de criatividade consistem em um indicador fundamental para a compreensão das juventudes contemporâneas. Os grupos culturais juvenis expressam relações locais e permitem uma leitura própria dos contextos em que jovens se inserem. A partir desta perspectiva, esta dissertação de mestrado tem como objetivo principal descrever e analisar as trajetórias de alguns jovens integrantes de coletivos culturais de Indaiatuba - SP. Para tal, apresenta, em diálogo com a literatura nacional sobre o tema, reflexões sobre juventudes, cultura e tecnologia; e situa a cidade de Indaiatuba em termos sociais, históricos e demográficos. Inspirado nas abordagens metodológicas da pesquisa-intervenção, este estudo contou com a participação de vinte e um jovens articuladores e integrantes de coletivos culturais da cidade de Indaiatuba-SP que foram entrevistados em seis lives interativas na plataforma de streaming Twitch. Essas entrevistas foram elaboradas e realizadas com a participação dos espectadores da plataforma. A partir das referências metodológicas da análise de conteúdo, este trabalho aborda a relação dos jovens interlocutores da pesquisa com a cidade em que vivem, identificando os circuitos que constroem a parte de suas narrativas de pertencimento em relação aos vínculos que estabelecem com seus pares, em relação com sua dimensão criativa e contestatória. Conclui-se que a relação dos jovens com os espaços e com as instituições da cidade é atravessada por tensionamentos e pelo sentimento de não-pertença. Esses conflitos são enfrentados pelas narrativas de pertencimento dos jovens aos grupos e coletivos, que constituem importante experiência de participação, reconhecimento identitário e mobilização afetiva. Juntos, os jovens criam práticas culturais que atribuem novos sentidos aos espaços da cidade e expressam desejos, denúncias e possibilidades de transformação.