A (des)institucionalização da loucura no Rio Grande do Sul: fontes em Zero Hora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gomes, Denise Cristina Ayres
Orientador(a): Kuschick, Christa Liselote Berger Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3339
Resumo: Esta pesquisa analisa a cobertura do jornal Zero Hora (Rio Grande do Sul) sobre a desinstitucionalização da loucura, também denominada reforma psiquiátrica no Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP). As ocorrências analisadas são do ano de 1992, época em que foi aprovada a lei Antimanicomial, que propõe a remodelação da assistência ao paciente psiquiátrico. Parte-se do pressuposto de que a doença mental, além de ser um fenômeno de ordem psíquica, constitui-se numa problemática cultural e discursiva. Por isso, o conceito de loucura foi concebido e modificou-se através dos tempos, adquirindo um novo estatuto com a aprovação da lei da reforma psiquiátrica, cujo sentido é também construído através do discurso jornalístico. Objetiva-se reconhecer, em um corpus constituído por 33 textos jornalísticos, as fontes que enunciam acerca do doente mental e qual o discurso acerca deste, ou seja, quais fontes se legitimam e se impõem em detrimento de outras que são silenciadas. O estudo das fontes é importante porque estas são parte do processo de produção da notícia e estão articuladas aos critérios de noticiabilidade. O jornal Zero Hora é estudado porque, como exemplar da grande mídia, intermedeia os vários campos sociais e (re)apresenta um discurso que constrói sentidos sobre a realidade e, conseqüentemente, sobre a loucura.