O significado do consumo de moda-vestuário gospel para mulheres pentecostais
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciências Domésticas Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Consumo, Cotidiano e Desenvolvimento Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7529 |
Resumo: | Em ascensão desde meados de 2012, a Moda Gospel tem crescido vertiginosamente em todo Brasil. Especificamente, quando se trata de mulheres adeptas a segmentos evangélicos com maior rigor doutrinário, como igrejas pentecostais, o consumo da Moda Gospel parece compor a dicotomia do vestir o corpo, Templo do Espírito Santo, estando na Sociedade de Consumo. Tal nicho de mercado permite às mulheres o uso de cores, estampas e diferentes formatos de roupas, desde que estas não escandalizem os “usos e costumes” deliberados pela liderança (masculina) da igreja. Não obstante, o espaço eclesiástico tem real importância para o exercício de socialização destas mulheres, fora o âmbito doméstico. Por conseguinte, este estudo tem como objetivo compreender as significações das práticas de consumo de Moda-Vestuário Gospel para Mulheres Assembleianas. Para tanto, vale-se da perspectiva materialista dialética, em diálogo com autores e autoras de diferentes abordagens. O grupo de entrevistadas envolvidas na pesquisa de campo foi constituído por dez mulheres, de 20 aos 53 anos, adeptas da Assembleia de Deus (Recife e Abreu e Lima). As mulheres foram ouvidas por meio de entrevistas, realizadas e analisadas em profundidade, de modo a edificar um constructo de dados para uma abordagem qualitativa. A partir de suas falas, foi possível apreender a incidência das práticas de consumo no meio conservador do pentecostalismo clássico, em que a adesão à Moda-Vestuário Gospel, aparece como um símbolo da moderna mulher assembleiana. Por fim, à guisa de conclusão, os significados do(s) uso(s) do vestuário para estas mulheres, têm girado em torno do que se observa como um “aburguesamento” da população de adeptos e adeptas à Assembleia de Deus, que historicamente foi relegada a setores pauperizados da sociedade. Assim, vislumbra-se que a constatada elevação no padrão do capital material da igreja e de sua membresia são evidências de que há em curso uma profunda mudança nos “usos e costumes” assembleianos, fato perceptível na efemeridade do consumo de uma “roupa mais arrumada” para cultuar a Deus. |