Efervescência jovem e os indícios de consumo responsável de moda nas classes populares brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Jamilly Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17396
Resumo: O século XXI traz consigo a necessidade de mudanças no comportamento de consumo das sociedades ocidentais contemporâneas, principalmente aquelas relacionadas às questões climáticas e ambientais, não escapando a indústria da moda a novos questionamentos e anseios por hábitos mais responsáveis. No entanto, pesquisas apontam para um distanciamento no nível de conscientização entre as classes A e B da pirâmide socioeconômica brasileira e as classes populares C, D e E, sendo estas últimas apontadas como menos engajadas nas práticas sustentáveis no consumo de moda. A partir deste cenário, a presente dissertação objetiva reconhecer indícios de práticas de consumo responsável de moda nas classes populares brasileiras que contraponham os dados citados. Para tanto, foram utilizados como base teórica da pesquisa estudos de Barthes (1979), Baudrillard (1991; 2003), Featherstone (1995), Maffesoli (1998), Hall (2002; 2016), Garcia e Miranda (2005), Crane (2006; 2011), Sant’Anna (2007), Lipovetsky (2010), sobre aspectos simbólicos ligados ao consumo e difusão de moda; para melhor entendimento da classificação e descrição da classe popular brasileira foram utilizados estudos de Parente, Limeira e Bar (2008), Souza (2009), Scalco e Machado (2010), Villaça (2010), Wright e Spers (2011), Fyskatoris (2012), Neri (2019; 2020) e Yaccoub (2020; 2021); no que tange ao diálogo entre sustentabilidade e moda, recorreu-se aos estudos de Fletcher e Grose (2011), Dias (2012), Boff (2016), Barbieri (2016 e 2020), Domingues e De Miranda (2018) e Berlim (2021). Em relação à classificação da pesquisa, esta é de natureza aplicada, qualitativa na abordagem do problema e descritiva na abordagem do objetivo. Dentre os procedimentos técnicos, foram realizadas pesquisas bibliográfica, documental e participativa, tendo como local de campo a comunidade do Morro da Mariquinha, localizada em Florianópolis – SC, onde ocorreram ainda a aplicação da pesquisa em profundidade e de questionários estruturado e semiestruturado. Como resultado, apresenta-se um documentário audiovisual no formato diário de campo da autora, que identifica a chamada “efervescência jovem” dentro das periferias e reconhece indícios de práticas de consumo responsável de moda, acreditando que esses jovens possam ser importantes agentes de informação e transformação no processo de construção de consumidores cidadãos e ativistas das classes populares brasileiras.