“Que negros somos nós?”: africanos no Recife, século XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MELO, Filipe Matheus Marinho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9469
Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo investigar as experiências de africanos em Pernambuco no século XVIII, sobretudo no Recife da segunda metade deste século. Com base em algumas trajetórias individuais e coletivas, marcadas pela escravidão ou liberdade, este trabalho busca apresentar as estratégias de sobrevivência, identidades, inserção social e construção de parentescos de pessoas nascidas em África que foram transportadas para Pernambuco. O Recife, ao lado de Salvador e do Rio de Janeiro, foi um dos portos que mais recebeu escravizados vindos da África ao longo dos Setecentos, e as estimativas informam que, pelo menos, 158 mil pessoas desembarcaram nestas praias. Para esse fim, lançou-se mão, em maior medida, da documentação eclesiástica e cartorial disponível, além de fontes administrativas e relatos de cronistas, para compreender como os africanos chegados ao Recife reconstruíram suas vidas, malgrado as condições em que viveram. Assim, as ferramentas da História Social foram metodologicamente importantes para reconstruir as trajetórias, arranjos familiares e redes de sociabilidades, a fim de destacar o protagonismo vivenciado por essas pessoas. Portanto, ao tratar especificamente dos africanos, essa pesquisa revisita as fontes com o intuito de trazer novas leituras e interpretações para o estudo desse grupo social na sociedade colonial do Recife.