Antonio Silvino : de governador dos sertões a governador da detenção (1875-1944)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: OLIVEIRA JÚNIOR, Rômulo José Francisco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4797
Resumo: Antonio Silvino : “De Governador dos Sertões a Governador da Detenção” (1875-1944) é um trabalho que surgiu do desejo de compreender quem foi o cangaceiro Antonio Silvino segundo a visão dos jornais, que eram lidos por uma classe letrada e pelos Cordéis que atingiam uma população de pouca instrução. Este trabalho teve como objetivo construir uma biografia, em que procurei estar atento à nominação dada pelos documentos que versaram sobre o cangaceiro, ao contexto histórico e às representações que lhe foram atribuídas pelos jornais recifenses, pelos documentos públicos e pelos cordéis de Francisco das Chagas Batista e Leandro Gomes de Barros, em cada fase que classifiquei da vida de Antonio Silvino. O exercício que ora apresento não abarca a totalidade do sujeito biografado, isso seria impossível de fazer, pois, assim como a escrita da história é uma resposta provisória sobre o passado, a escrita biográfica também é. Busquei realizar uma discussão teórico-metodológica pautado nos estudos da História Cultural e da construção de biografias, que já estão sendo debatidos desde a década de 1970. O trabalho está divido em quatro capítulos. No primeiro apresento o contexto histórico em que nasceu Manuel Baptista de Moraes, verdadeiro nome de Antonio Silvino. No segundo, analiso as ações do cangaceiro desde o ano 1900, quando ele assume como chefe de bando, até sua prisão em 1914. No terceiro discorro sobre a espetacularização que se fez a respeito de sua prisão e sobre os sujeitos que atuaram nela. No quarto capítulo verso sobre o cotidiano de Silvino na Casa de Detenção do Recife, analisando as suas mudanças de comportamento e seus desejos na cadeia, concluindo com a sua liberdade e o findar de seus dias no ano de 1944, na cidade de Campina Grande – PB. A pesquisa mostrou a possibilidade de compreender o cangaceiro para além da imagem de herói e bandido, pois reconstituir a fragmentada vida deste cangaceiro permitiu visualizar um sujeito do ponto de vista humano e perceber que ele foi um homem de natureza política. Palavras-Chave: Antonio Silvino, Biografia, Representações.