Escola sem homofobia : a (re)produção da identidade sexual nos discursos escolares
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5079 |
Resumo: | Esta dissertação dedica-se à produção discursiva sobre a identidade sexual na escola pública brasileira, especialmente, a partir do veto ao Kit de materiais educativos do programa Escola Sem Homofobia, ocorrido em 2011, o KIT trata-se de um programa situado no âmbito das políticas públicas educacionais. Temos por principal objetivo compreender o quanto as mudanças ou permanências relativas a identidade e orientação sexual, promovidas desde os PCNs e experimentadas na escola pública, especialmente após o veto ao KIT anti-homofobia, foram capazes de reestruturar discursos e práticas sociais a partir do aprendizado escolar. Os aportes teóricos, que sustentam as linhas de argumentação desta dissertação estão relacionados às teorias do discurso de linha francesa, que colocam o discurso como uma produção de verdade, teorias sobre as instituições e como estas definem a conduta das pessoas, a Psicanálise e suas contribuições para uma visão não essencialista da sexualidade, teorias feministas, questionamentos sobre a heteronormatividade e estudos culturais. A metodologia da pesquisa, de caráter quali-quantitativo, baseou-se em dados coletados e existentes. O levantamento dos dados compreendeu a observação direta em uma escola pública do interior do estado de Pernambuco e de grupo focal com 12 estudantes de Pedagogia da UFRPE, para análise dos materiais do KIT anti-homofobia, constou, ainda, de análise de banco de dados de pesquisas nacionais sobre violência LGBTTTI na escola brasileira. Os dados obtidos apontam para permanências e deslocamentos nos discursos e práticas escolares quanto a identidade sexual e de gênero, demonstram que houve iniciativas positivas a partir de 1998, com os PCN’s dos temas transversais, por outro lado produziu-se um retrocesso significativo após o ano de 2011. Tais avanços e retrocessos demonstram um quadro complexo, contraditório e tenso quanto às questões sexuais no interior da escola pública nacional. |