Gênese de solos aluminosos na Bacia Sergipe-Alagoas, Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7327 |
Resumo: | O ambiente geológico da América do Sul exibe em sua porção Nordeste distintos compartimentos, áreas constituídas de embasamento cristalino e bacias sedimentares marginais limites às áreas cristalinas. As Bacias Marginais brasileiras resultaram do processo de ruptura do megacontinente Gondwana-Oeste ocorrido do Jurássico superior ao Cretáceo (138-127 Ma) culminando no desenvolvimento do rift Sul-Atlântico e subsidência tectônica. Essas formações sedimentares diferenciam-se entre bacias, em vários aspectos, tais como estratigráficos, originando saprolitos distintos e consequentemente solos com características distintas. Nesse contexto, ocorre a Macro Bacia sedimentar Sergipe-Alagoas localizada no extremo Nordeste do país, as qual ocupa uma faixa alongada na costa leste brasileira. A referida Macro Bacia está subdividida em Sub-Bacia Sergipe e Sub-Bacia Alagoas. A Sub-Bacia Alagoas localizada no Nordeste do Brasil ocupa toda a faixa litorânea do estado homônimo definida também do tipo rift. A gênese de solos aluminosos e a natureza química ainda são pouco compreendidos, especialmente no Nordeste do Brasil. O objetivo deste estudo foi detectar a ocorrência de solos aluminosos, o impacto de sua ocorrência em aspectos climáticos por meio do estoque de carbono e sua relação com os fatores de formação de solos. Amostras de solos foram coletadas de todos os horizontes, com as quais realizou-se caracterização macromorfológica, física, química de rotina, mineralógica e composição química total, com os dados calculou-se o balanço de massas. Os solos exibiram características primariamente influenciadas pelo seu material de origem sedimentar, diversidade de classes texturais, variaram de franco-arenosa a argila, reação ácida, baixo status de fertilidade e alto conteúdo de Al associado a considerável ocorrência de minerais de argila 2:1 com hidróxi-Al entrecamada, incluindo ilita, esmectita com hidróxi-Al entrecamadas (EHE). Os maiores valores de Al trocável sugerem dissolução de espécies de Al não trocáveis provenientes da dissolução das entrecamadas. Mineralogia do solo mais complexa sugere que a ocorrência destes solos não é consistente com o atual clima quente, mais úmido e que os altos conteúdos de Al existentes nos horizontes subsuperficie foram herdados do material de origem, com domínio de sedimentos argilo-siltosos entremeados com folhelhos. Os maiores estoques de carbono foram observados em concordância aos maiores conteúdos de Al em horizontes subsuperfície, portanto, provou-se que a química do Al desenvolve relevante papel mitigador de gases aquecedores da atmosfera. |