Estudo da compressibilidade e qualidade de um argissolo amarelo cultivado com cana-de-açúcar nos tabuleiros costeiros de Alagoas
Ano de defesa: | 2010 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4991 |
Resumo: | No Nordeste brasileiro a cana-de-açúcar ocupa principalmente o ecossistema dos Tabuleiros Costeiros, onde a maioria dos solos é favorecida tanto pela topografia como também por possuir textura média e profundidade adequada. Porém, devido a grande quantidade de operações motomecanizadas a serem realizadas, esses solos são submetidos a pressões excessivas em condições de umidade que favorecem o processo de degradação física. O objetivo deste trabalho foi avaliar alterações do comportamento mecânico, na estrutura e na matéria orgânica de um Argissolo Amarelo Distrocoeso dos tabuleiros costeiros do Estado de Alagoas, devido ao cultivo com cana-de-açúcar. Foram selecionadas cinco áreas de cana-de-açúcar com diferentes tempos de uso e tipos de cultivo: 4 anos cultivo de inverno (4anos I); 14 anos cultivo de inverno (14anos I); 14 anos cultivo de verão (14anos V); 30 anos cultivo de inverno (30anos I) e 30 anos cultivo de verão (30anos V). As áreas cultivadas foram comparadas entre si e com uma área de mata nativa (Mata), por meio da análise de regressão, análise de trilha e análise de ordenação multidimensional. Para avaliar o efeito dos tratamentos sobre os atributos físicos e a matéria orgânica do Argissolo, foram coletadas amostras deformadas e indeformadas nas profundidades de 0 a 20, 20 a 40 e 40 a 60 cm de profundidade, representando os horizontes A ou Ap, AB e Bt, respectivamente. Os resultados permitiram concluir que a compactação do horizonte Ap não deve ser considerada fator limitante, tendo em vista que sua resistência mecânica à penetração é menor que a considerada como crítica para o desenvolvimento de raízes, mesmo quando o solo apresenta umidade referente ao ponto de murcha permanente. Portanto, o cultivo com cana-de-açúcar diminuiu a porosidade e aumentou a densidade do Argissolo estudado na profundidade de 0 a 20 cm, resultando em aumento do intervalo hídrico ótimo (IHO). O cultivo com cana-de-açúcar induziu a compactação dos horizontes subsuperficiais, havendo a redução da compressibilidade e aumento da resistência à penetração a níveis críticos ao desenvolvimento de raízes, mesmo para umidades próximas ao da capacidade de campo, o que resultou na redução do IHO dos horizontes AB e Bt das áreas cultivadas. Nas três profundidades estudadas, o grau de compactação e a densidade do solo foram os atributos que apresentaram maior relação causa e efeito com a pressão pré-compactação e resistência à penetração do Argissolo estudado. A análise de ordenação multidimencional indicou uma queda na qualidade do Argissolo estudado, mesmo com poucos anos de cultivo com cana-de-açúcar, principalmente, para os horizontes Ap e AB. A diminuição da matéria orgânica particulada e estabilidade de agregados foram os principais indicadores da diminuição da qualidade do horizonte Ap, no entanto, para o horizonte AB a perda de qualidade foi atribuída à compactação do solo. |