Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Martins, Márcio André Rodrigues |
Orientador(a): |
Axt, Margarete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/18384
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Resumo: |
Esta tese pretende apresentar uma contribuição aos estudos em educação e, mais especificamente, para a formação de professores em serviço, por meio de um debate sobre as condições de criar e inventar, para além da reprodução de modelos. Essa discussão que, via de regra, já vem acontecendo há mais tempo, tem defendido a invenção do novo como ruptura dos modos dominantes de pensar e aprender que tendem a cópia e a reprodução. Já a tese explorou as possibilidades de invenção, dando-se na coexistência com os modelos instalados e vigentes de pensar e aprender, sem ruptura anunciada ou como pressuposto de partida, mas por interversões que desviam as linhas instituídas como rotinas e hábitos nos modos de ensinar e aprender em sala de aula. A problematização inicial é de natureza filosófica, mas a ciência, atualmente contagiada e desafiada nessa direção, permitiu que esse estudo se aproximasse do tênue e intenso fio que faz comunicar esses dois planos: o filosófico e o científico. As linhas de tensionamento para pensar a invenção em educação, e mais especificamente a invenção na sala de aula e na formação de professores, foram estudadas, para esta tese, a partir das produções filosóficas de Bergson, Deleuze e Guattari, e científicas com Prigogine. Essas linhas apresentam- -se, num sentido, como tendência a produzir um observador externo, explicador do mundo, sendo arrastado pelos contextos práticos e utilitários da vida cotidiana, podendo ser denominadas de tendência ao desenvolvimento. Em outro sentido, coexistente ao primeiro, as linhas em tensão apresentam-se em curva, fazendo da resistência uma tendência ao envolvimento, que, pelo contágio de si, e pela implicação, permitiria ultrapassar e inverter as tendências explicativas. As condições de produção desta tese, ENTRE essas duas linhas, são dadas pelo vínculo com um grupo de pesquisa em desenvolvimento no Laboratório de Estudos em Linguagem, Interação e Cognição - LELIC - da Faculdade de Educação da UFRGS, com o Projeto Civitas e pelos grupos de estudos com os professores em formação. Desse agenciamento "LELIC-Civitas-professores", que é o meio, o entrelinhas, entre-tempo, emerge um campo de experimentação e problematização das ideias e do pensamento. Assim, a tese explorou tanto a "invenção das condições de invenção" de um pesquisador, de uma sala de aula, de um professor, de um grupo, de uma rede, como as inversões que se produzem nas linhas que tendem a desviar, das mudanças contínuas e em devir, próprias da duração dessa invenção. O estudo das inversões passou por uma discussão sobre modos de simular e de pensar e prosseguiu nos capítulos finais da tese com a exploração do plano do conceito de interveRsão e dos diagramas de interveRsões. |