Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sparapan, Bárbara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15298
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Resumo: |
O clima de sala de aula se refere às percepções subjetivas dos alunos e dos professores em relação às características físicas da classe, ao comportamento dos professores e dos alunos, à relação entre os professores e os alunos e entre os próprios pares, ao envolvimento dos alunos nas atividades, dentre outros aspectos. O clima pode ser diagnosticado como positivo, intermediário ou negativo; e a realização de intervenções visando melhorá-lo pode gerar boas consequências para o processo de ensino-aprendizagem. Ainda, estudos apontam os benefícios da aprendizagem autorregulada para o sucesso escolar dos estudantes. O construto da autorregulação da aprendizagem compreende que o aluno precisa apresentar responsabilidade pelo seu próprio processo de aprendizagem, o que contribui para a promoção de um estudante autônomo. Diante dessas constatações, emergiu-se o seguinte problema de pesquisa: haverá melhorias no clima de sala de aula do Ensino Fundamental a partir de um projeto de intervenção visando à autorregulação da aprendizagem e à qualidade das relações interpessoais? Sendo assim, definiu-se como objetivo geral deste estudo: investigar se haverá melhorias no clima de sala de aula do Ensino Fundamental a partir de um projeto de intervenção visando à autorregulação da aprendizagem e à qualidade das relações interpessoais. Os objetivos específicos são: a) avaliar a qualidade do clima de sala de aula antes e depois do projeto de intervenção, identificando-se as possíveis diferenças; b) avaliar os processos de autorregulação dos alunos antes e depois do projeto de intervenção, identificando-se as possíveis diferenças; c) investigar a percepção dos alunos em relação aos impactos do projeto de intervenção. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualiquantitativa de caráter explicativo baseada na perspectiva teórica piagetiana, na qual foi utilizado o método quase-experimental de grupo único e os seguintes instrumentos: intervenção (consistiu na aplicação pelas professoras do projeto de autorregulação “As Travessuras do Amarelo” e na aplicação pela pesquisadora das atividades pontuais sobre relações interpessoais), questionário, observação sistemática e narrativa. A pesquisa foi realizada em uma escola municipal de Campinas-SP e contou com a participação de uma turma de 4º ano, com 23 alunos, e uma turma de 5º ano, com 19 alunos. A partir da análise qualitativa verificou-se que o projeto de intervenção contribuiu para a melhoria do clima de sala de aula, mais especificamente para os processos autorregulatórios dos alunos e para a qualidade das relações interpessoais. Contudo, a análise quantitativa mostrou que estatisticamente não ocorreram mudanças significativas. Esse resultado vai ao encontro do aporte teórico que salienta a necessidade de as intervenções serem realizadas com intencionalidade docente, aspecto que esteve fragilizado no início da aplicação. Pretende-se que este estudo propicie, aos gestores e professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma reflexão acerca das implicações pedagógicas de um clima de sala de aula positivo e de como um projeto de intervenção visando à autorregulação da aprendizagem e à qualidade das relações interpessoais pode contribuir nessa direção. Ainda, enseja-se que as publicações em espaços científicos possam contribuir com o avanço do entendimento do papel do clima de sala de aula para a aprendizagem. |