Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Karnopp, Thaís Evelyn |
Orientador(a): |
Monticielo, Odirlei André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/214362
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Resumo: |
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune inflamatória crônica e multissistêmica. As manifestações da doença podem acometer o sistema nervoso central (SNC), sendo esta condição conhecida como lúpus neuropsiquiátrico (NPSLE). Na sua fisiopatogenia, há rompimento da barreira hematoencefálica (BHE) que propicia o surgimento de lesões e disfunções neuronais que podem se expressar como alterações cognitivas, distúrbios psiquiátricos, convulsões e cefaléia. O processo inflamatório contribui para o aumento do estresse oxidativo e danos ao DNA. Estudos demonstram que a vitamina D tem efeito imunomodulador e protetor em células do sistema imune e também no SNC, sendo capaz de atravessar a BHE devido a sua lipossolubilidade. O modelo animal de lúpus induzido por pristane (PIL) mimetiza manifestações clínicas e laboratoriais do LES em humanos. Apesar de apresentar vários sintomas da doença, o modelo é pouco estudado quanto aos mecanismos fisiopatogênicos de disfunção neuronal e suas repercussões neuropsiquiátricas. Objetivo: Estudar a influência da suplementação da vitamina D no dano ao DNA de células do hipocampo em animais com lúpus induzido por pristane. Metodologia: O modelo experimental foi induzido com uma única injeção intraperitoneal de 500ul de pristane em camundongos BALB/c fêmeas de 8-12 semanas de idade. Os animais foram divididos em três grupos: grupo controle (CO), grupo lúpus induzido por pristane (PIL) e grupo lúpus induzido por pristane suplementado com vitamina D (VD). A partir da indução do modelo, os animais do grupo VD foram tratados com vitamina D através de injeção subcutânea de 100ul de Calcijex [2ug/kg/animal] diluído em PBS-Tween 20 em dias alternados durante 180 dias. A eutanásia foi realizada após 180 dias e o cérebro foi coletado e dividido em hemisfério direito e hemisfério esquerdo para análises histológicas e de ensaio cometa, respectivamente. Resultados: O grupo PIL apresentou maior infiltrado de IgG total no hipocampo quando comparado ao grupo CO (p= 0,01). A vitamina D demontrou uma tendência em reduzir o infiltrado de IgG, apesar de não ser estatisticamente significativo. O grupo VD apresentou numericamente um maior dano ao DNA quando comparado ao grupo PIL e CO. Não houve aumento na expressão do receptor de vitamina D (VDR) no grupo tratado, os níveis de expressão da proteína se assemelharam nos grupos CO, PIL e VD. O tamanho do hipocampo não apresentou diferença entre os grupos. Houve correlação positiva entre a expressão de VDR e infiltrado de IgG no hipocampo r= 0,7585 (p= 0,0001). Conclusão: O modelo PIL utilizado neste estudo apresentou maior infiltrado de IgG no hipocampo, o que pode representar disfunção da BHE e potencial risco para desenvolver NPSLE. Este achado torna possível a utilização deste modelo para avaliar aspectos fisiopatogênicos do NPSLE. A vitamina D não preveniu dano ao DNA das células do hipocampo. Estudos adicionais são necessários para o melhor entendimento do papel da vitamina D no NPSLE. |