Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Faria, Jessica Mota |
Orientador(a): |
Waquil, Paulo Dabdab |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72790
|
Resumo: |
A avicultura de postura no decorrer dos anos 2000 apresenta crescentes modificações no seu ambiente competitivo. Por um lado, a abertura dos mercados na década de 1990 proporcionou a modernização e a inovação do setor produtivo, mas também inseriu o granjeiro em uma competição internacional na aquisição de insumos. A estabilidade da demanda, aliada com a maximização da capacidade instalada das firmas, estabeleceu um ambiente com maior competitividade e rivalidade para a conquista de parcelas de mercados, principalmente na região onde se encontra a maior praça de produção e consumo: a Região Sudeste. É com o objetivo de identificar a evolução dessas modificações do ambiente estrutural que este trabalho se delineia. Analisou-se a evolução da estrutura do setor produtivo, identificando as percepções dos granjeiros quanto às principais barreiras estruturais e as principais condutas e deslocamentos da produção, ressaltando quais os principais fatores que resultam no lento crescimento e desenvolvimento do setor. Por meio dos índices de Herfindahl-Hirschman e Razão de Concentração, análise qualitativa da percepção dos empresários da microrregião de São Lourenço quanto à intensidade das barreiras à entrada de novos concorrentes, e análise do deslocamento regional da produção de ovos, foi possível identificar que a estrutura do setor produtivo, representado pelas firmas líderes nacionais, se situa tangenciando a concentração moderada com estabilidade em todos os anos do período analisado (2002 a 2011), apresentando diferentes comportamentos antes e após o ano de 2006. Há divergências de concentração entre as regiões brasileiras, ressaltando a importância desta para a região Sudeste, onde se concentram 48,7% do alojamento de aves regional, entre as 11 maiores firmas líderes analisadas. As percepções dos entrevistados desta região manifestam-se nas barreiras relativas à especificidade dos ativos envolvidos na produção e na economia de escala mínima exigida para a sobrevivência da firma no setor. Consolidando, uma consequente rede de barreiras, que culmina com o impacto na acessibilidade dos canais de distribuição, sinalizando uma estrutura regional oligopsônia. No entanto, condutas de introdução de inovação tecnológica no setor produtivo, aquisição das firmas “não líderes” por firmas líderes, deslocamentos da produção e alojamento para regiões produtoras de grãos e próximas ao consumidor são delineadas pelas firmas com o intuito de sobreviver neste setor produtivo. As condutas encontradas podem justificar a estabilidade da evolução estrutural do setor, o seu lento crescimento e modernização, principalmente antes do ano de 2006, comumente julgados pelos profissionais do setor resultantes de uma resistência cultural à entrada da modernização. |