Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fioravanti, Lívia Maschio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-20052019-130648/
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Resumo: |
Esta pesquisa procura evidenciar as contradições da produção do espaço urbano da cidade de Primavera do Leste, Mato Grosso, com ênfase aos negócios fundiários e às implicações espaciais de uma cidade que já surgiu como um grande negócio. Considera uma perspectiva crítica da produção do espaço, que propõe uma abordagem caracterizada pela primazia do urbano, e relativiza o papel da agricultura capitalista nos processos de urbanização desta e de outras cidades implantadas principalmente a partir da década de 1970 no contexto da expansão territorial da acumulação capitalista rumo ao centro-oeste do Brasil. A monopolização da propriedade fundiária, forjada na expansão da fronteira e nas mãos de muitos dos hoje considerados pioneiros de Primavera do Leste, tem como consequência não somente uma pesada ingerência sobre a dinâmica do mercado imobiliário mas também um domínio do espaço que alcança as relações concretas da vida cotidiana. Loteamentos inteiros do espaço primaverense pertencem às mesmas famílias ou grupos de empresas, que impõem preços elevados e padrões homogêneos a grande parte da cidade ao determinarem os tamanhos dos terrenos e suas formas de aquisição. Da mesma forma, há um extremo controle em relação à população mais pobre e à produção das periferias. Por meio da ideologia do pioneirismo preenchida de um discurso meritocrático, parcela significativa da população é vista como não tendo a legitimidade de morar ou sequer de pertencer à cidade. Tendo como base levantamento bibliográfico, realização de entrevistas e de trabalhos de campo, aprofunda-se, neste sentido, os conteúdos de uma urbanização até hoje controlada por um pequeno grupo de detentores do poder econômico e político, cujo alicerce está na concentração de terra, de poder e de capital reiteradamente fortalecida na sociedade brasileira. |