Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Baierle, Marília |
Orientador(a): |
Garcia, Solange Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234270
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Resumo: |
A longevidade tem aumentado globalmente em razão das melhorias nas condições de saúde, sanitárias, sociais, entre outras. Nesta linha, há um aumento da população idosa, inclusive em países em desenvolvimento. Sabe-se que o envelhecimento é um fenômeno multifatorial, assim, as possíveis influências regionais sobre este processo necessitam de estudos. Os efeitos do status oxidativo, micronutricional e inflamatório sobre o declínio cognitivo relacionado à idade se apresentam como uma importante linha de estudos. Além disso, outra influência sobre a saúde dos idosos pode ser a institucionalização. Portanto, no presente estudo se propôs avaliar idosos institucionalizados e não-institucionalizados e a possível influência do estresse oxidativo, do processo inflamatório e dos níveis de metais sobre a função cognitiva. Os resultados demonstraram aumento do dano oxidativo a lipídios e proteínas, nos idosos institucionalizados, assim como uma significativa redução dos antioxidantes em comparação com os não institucionalizados. Vale ressaltar que, em geral, os micronutrientes estavam dentro dos valores de referência para adultos, porém estes valores podem não ser adequados para as necessidades no envelhecimento. Por outro lado, as citocinas pró-inflamatórias se encontraram elevadas nos institucionalizados comparados aos não-institucionalizados, sendo associadas com o status oxidativo. Além disso, os idosos institucionalizados apresentaram pior desempenho cognitivo comparado aos não-institucionalizados, o qual foi associado ao aumento de proteínas carboniladas (PCO) e citocinas pró-inflamatórias e à diminuição de glutationa peroxidase (GPx). De fato o sistema nervoso é mais vulnerável ao estresse oxidativo e a maior expressão de citocinas pode alterar a expressão de genes relacionados com funções cognitivas. Adicionalmente, o licopeno apresentou correlação positiva com a cognição, no teste de nomeação de Boston. O modelo escolhido na análise multivariada demonstrou que antioxidantes endógenos apresentaram um papel crítico no declínio cognitivo, por outro lado, não se pode desconsiderar o envolvimento de outros fatores nesse processo. Em relação à avaliação da proteína tiólica, δ-aminolevulinato desidratase (ALA-D) sanguínea, foi observada reduzida atividade durante o envelhecimento. O declínio cognitivo, principalmente das funções de memória de trabalho e memória visual, também foi associado à diminuição da atividade da ALA-D, que ao ocorrer leva ao acúmulo de seu substrato, o ácido δ-aminolevulínico (ALA), o qual é considerado neurotóxico. Portanto, a ALA-D parece estar ligada à fisiopatologia do declínio cognitivo. Em geral, os níveis de metais tóxicos estavam acima dos valores recomendados pela OMS e através dos modelos de regressão pode-se sugerir que eles atuam como fatores adicionais no declínio cognitivo relacionado à idade, uma vez que podem afetar diretamente a cognição, como foi demonstrado para o V e Hg, ou ainda, podem impedir o correto funcionamento da enzima ALA-D. Por outro lado, o elemento essencial Se pode ser um importante aliado na preservação da capacidade cognitiva. Adicionalmente, quando os idosos foram comparados conforme seu desempenho no Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) utilizando pontos de corte adequados à escolaridade, observou-se que aqueles que tinham declínio cognitivo apresentaram maiores níveis de ácidos graxos 14:0, 16:0, 16:1n-7 e menores níveis de 22:0, 24:1n-9, 22:6n-3 (DHA), bem como do total de ácidos graxos poliinsaturados. A relação n-6/n-3 foi elevada em ambos os grupos de estudo, com e sem declínio cognitivo, enquanto que altos níveis de homocisteína (Hcy), proteína C reativa (PCR) e perfil lipídico foram observados no grupo com declínio. Além disso, uma melhor função cognitiva foi associada aos ácidos graxos ômega 3, principalmente ao DHA, e também ao ácido graxo 24:1n-9. Em contraste, quanto maiores eram os níveis dos ácidos graxos 14:0, 16:0, 16:1n-7, da relação n-6/n-3 e de Hcy, menor era o desempenho cognitivo nos diferentes testes utilizados. Além disso, os ácidos graxos ômega 3, particularmente o DHA, foram associados inversamente com o risco cardiovascular, avaliado pelos níveis de homocisteína. Cada ácido graxo atua de forma específica, portanto, uma ingestão equilibrada de nutrientes essenciais, como por exemplo, ômega 3 e ômega 6, é essencial para a saúde, evitando o prejuízo de um estado pró-inflamatório permanente e influenciando grandemente as funções do sistema nervoso, bem como a saúde vascular. Sendo assim, o dano oxidativo excessivo e inflamatório pode ser sugerido como um fator de risco para o declínio cognitivo que acaba culminando no desenvolvimento de desordens neurológicas. Em conclusão, os dados obtidos no presente estudo poderão auxiliar no melhor entendimento das alterações fisiopatológicas do declínio cognitivo associado à idade, condição determinante da redução da qualidade de vida durante o envelhecimento. |